O dia começou com compras no mercado e discussão sobre o cardápio natalino. Uma brasileira, uma chinesa e duas vietnamitas em NYC. Sem neve, com um céu azul lindo. Frio, entretanto. Compramos tudo, escolhemos um cardápio internacional: sopa asiática, típica do vietnã, steak com risoto, brigadeiro com morangos de sobremesa. Sim, as asiáticas são apaixonadas pelo meu brigadeiro. Vinho e mais vinho! Ganhei presentes. Ri muito. Conversei muito. Não fiquei sozinha. Falei com a família pelo skype, participando por alguns minutos daquele natal cheio de gente caótico e animado. Risos. Asiatiáticas falando Feliz Natal em português para minha família.
Mas daí depois do jantar elas foram embora... e eu fiquei sozinha. Eu e minha taça de vinho. E daí foi difícil, sabe? Eu quis meu natal animado. Aquele natal cheio de comida, e cheio de gente falando alto, e cheio de confusão e criança correndo de um lado pro outro, e os adultos ficando bebados, e todo mundo indo embora mega tarde pois a conversa estava boa. E no dia seguinte eu tendo que acordar cedo para preparar o natal da casa do meu pai, mais petit comitê, mas tão gostoso e amoroso quanto. Senti uma saudade da minha família como nunca havia sentido. Daquele dia que minha mãe pegava todos os enfeites de natal do alto do armário e decoravamos juntos a árvore lá de casa, que tomava um grande espaço no nosso pequeno apartamento, e depois passavamos horas só com as luzinhas coloridas da árvore acessas. Ou do dia em que todas as primas juntas decoravam a enorme árvore da casa de janelas azuis. Do Frank Sinatra que meu avô (ah, meu avô!) sempre estava escutando quando eu chegava lá na noite de natal (e em diversas outras ocasiões). Do tender e do purê de maça da Ritinha, sem esquecer, claro, da deliciosa torta de nozes. Dos presentes iguais que as netas ganham todo ano da Biú. Da espectativa, e certo medo, do papai noel. Do amigo oculto, e mais ainda do inimigo oculto engraçadíssimo do dia 25, que alguém sempre ganhava aquele pastel cenográfico. Do natal antecipado da minha mãe, e de todas as guloseimas que ela sempre compra e faz, e eu e Gil levando Diogo pra varanda e fingindo que o papai noel estava chegando enquanto minha mãe e Henrique colocavam os presentes na porta e tocavam a campainha e corriam pra dentro, e do Diogo muito feliz acreditando que tinha sido de fato o papai noel. Da noite em que fizemos isso e eu e Gil apontamos pro céu pra mostrar o trenó do papai noel e vimos uma luz e o Diogo começou a pular de felicidade porque tinha visto o trenó chegando. E dos presentes da minha mãe, que ela sempre reclama que eu troco, mas que eu sempre amo, junto com aquele abraço gostoso de mamãe. Me deu saudade de cozinhar a ceia do dia 25 com meu pai, e da bagunça cheia de sorrisos que a gente faz na cozinha, das mil garrafas de vinho que bebemos com muitas conversas animadas. O vovô de papai noel e as crianças muito apreensívas e desconfiadas e maravilhadas. Do frio na barriga cheio de espectativas que me dá todo ano, e do vazio quando a noite termina e eu volto pra casa com apenas as luzinhas coloridas acessas. Da noitada animada com meu irmão e meus amigos maravilhosos e amados. Fiquei com saudade daquela família, que pode ser o que for, mas que é a minha família. Porque natal sem eles, sem aquela bagunça, sem aquelas conversas, sem aquele caos, sem aquelas comidas, sem aqueles risos, sem aquela confusão, não tem a menor graça.
Saudades de tudo isso e de todos os meus amores. Saudade... ô saudade....
Pensei muito em todo mundo. No meu vôzinho amado, e sempre tão amoroso, que não se lembra mais de muita coisa, mas que outro dia perguntou de mim e eu chorei de felicidade. Na minha mãe, no quanto ela e o colinho dela fazem falta. No meu pai e nas conversas de horas e no carinho dele. No Gil, que dividiu quarto por anos comigo e que é um porto seguro. Na Ariane, minha irmãzona, sempre ali no quarto ao lado, mas sempre ali! No Dioguinho, meu irmãozinho lindo esperto e com quem tenho conversas surreais de maravilhosas. Na Sofia, minha princesinha, agora princesona, que eu amo e que vejo muito menos do que eu gostaria. Na Julia, minha prima por imposição e minha irmã pro escolha. Na Chiquita bacana lá da martininca, prima irmã amor. Da Carola e nossas conversas cinematográficas, e correrias por são paulo, e seus filhos mais lindos do mundo que eu amo tanto. Na Anita, e nossas conversas profundas e no clima amoroso que ela sempre me oferece com o Bernardinho Zickinho amoramoramor. Na Marília, que sempre sorri pra mim e me acompanha nas biritas no Rio e nas margaritas em Nyc. Na Tia Nena e no abraço apertado que ela me dá. No Tidézin e suas piadas engraçadas e discussões acaloradas na hora do almoço e sua dancinha fofa. Na Biú e nosso amor tão cheio de questões. Pensei muito na minha vida aqui e o quanto está me fazendo bem. Pensei que, apesar de no meio da noite eu ter chorado de saudade do meu natal no Rio, esse natal também foi especial e engrandecedor. Amadureci e continuo amadurecendo. Tudo isso está valendo muito a pena!
E nem nevou... diga-se de passagem. rs
Obs: depois coloco um post melhor contanto detalhes do mês de dezembro e do natal em nyc!
sábado, 24 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Cada cidade tem seu cheiro e NYC cheira a comida e produto de
limpeza. A quantidade de restaurantes na cidade é algo absurdo, o que
faz pensar que de fato o povo de nyc não come em casa só na rua, e
portando as ruas fedem a comida de todos os tipos. E quando não há
cheiro de comida há cheiro de produtos de limpeza. Tais produtos até que
tem um cheiro tranquilo, mas são produtos de limpeza. Eu, uma
babysitter, frequento muitas casas e todas tem mais ou menos o mesmo
cheiro que vem desses produtos. O metro fede mais a cada dia. Com o
inverno chegando os mendigos estão começando a viver nos metros. Quando
cheguei aqui estava calor e não via tantos mendigos e o metro não tinha
um cheiro tão forte. Agora parece que a partir de uma certa hora da
noite todas as entradas do metro viram a casa de um ou mais mendigo, e o
cheiro fica quase insuportável. Mesmo sem os mendigos o cheiro de mijo é
fortíssimo e nojento. E os ratos estão aproveitando mais a cada dia as
instalações do metro. Outro dia vi três numa mesma estação na mesma
hora. Nhacou! Mas faz parte da diversidade cosmopolita da grande
metrópolo. Pena que eu tenho um certo pânico!
Não sei se já comentei aqui também a quantidade de línguas que ouvimos nessa cidade. Inglês, espanhol, chinês, português, italiano, francês, árabe, hebraico, coreano, e por aí vai! Uma cidade realmente cosmopolita! Milhões de linguas, nacionalidades, culturas, tudo misturado em um só lugar. Claro que muitos vivem em comunidades, mas no dia a dia estão todos por todos os lugares. As vezes em lojas e restaurantes é difícil a comunicação com os atendentes pois eles tem sotaque, eu tenho sotaque, daí ninguém se entende e é uma confusão só, terminamos quase que falando em mímica. Mas modéstia parte meu inglês é bem melhor que o deles. Rs
Hoje é dia de Thanksgiving. Ruas vazias, restaurantes lojas e mercados fechados, amigos viajando. Trabalhei de manhã com meu pequeno Benyamin, que fez 7meses segunda e já me reconhece, tá quase engatinhando, quase andando também, e o melhor de tudo: me dá um belo sorriso quando chego, pula no meu colo e me dá um longo abraço com a cabeça encostada no meu ombro como quem diz: senti sua falta. Ah! e agora ele balbucia "baba" e eu fico brincando que é pra mim que ele fala. Meu pequeno xodó que a coisa mais linda e uma delícia ver como ele cresce e desenvolve a cada dia. Enfim... fui cuidar dele hoje de manhã e depois fui encontrar minha querida nova amiga chinesa, Phoebe, para comprar comida para cozinharmos. Unicas remanescentes na cidade decidimos nos juntar e fazer um almoço de Thanksgiving. Como tal feriado não é uma tradição para nenhuma das duas resolvemos fazer um cardápio nosso mesmo sem nos ater muito para as tradicionais comida. E o menu ficou assim:
entrada = queijo guda defumado e uvas. salada verde com avocado e tomate cereja
prato principal = risoto de cogumelos com presunto de parma
sobremesa = brigadeiro com frutas.
Um banque delicioso! Uma tarde agradável de comilança, conversa boa e HarryPotter. Sim! ficamos assistindo Harry Potter e o príncipe de Askaban!
Agora na madrugada de quinta pra sexta tem a Black Friday, muitas lojas com uma mega sale que enlouquece americanos e estrangeiros sempre na madrugada after thanksgiving. Algumas lojas abrem à meia noite, outras às 6am. Uma loucura só! Já são 10:45pm, vou tentar dormir e vejo se aproveito alguma coisa dessa big sale com minha querida chinese friend!
Essa segunda comecei finalmente o tão esperado curso de figurino no FIT (Fashion Institute of Technology). Gostei muito. A professora é super séria e entende muito do assunto. O curso se chama Fashion in film, tv and media, e é sobre como os figurinos e personagens e atores ditaram modas e vice e versa. É bem interessante. Abrange cinema, moda, figurino, sociedade, cultura, de um ponto de vista bem bacana.
Os trabalhos de babysitter continuam muito bem. Cada dia me apaixono mais pelo meus pequenos, e a cada dia percebo como eles também tem se apegado cada vez mais a mim. Outro dia Celeste dormiu de mãos dadas comigo. Ginger não chora mais quando a mãe sai de casa e nem na hora de dormir. Benyamin pula pro meu colo e me abraça, principalemente terça feira que ficamos desde quinta sem nos ver. Oliver fica sorridente quando eu chego e pede para eu fazer "mexido" porque o meu ovo mexido é o melhor que ele já comeu. Cyrus que teve uns dias difíceis e foi um pouco grosseiro comigo, mas acho que era uma mistura de sentimentos porque os pais começaram a sair mais já que arrumaram uma babysitter de confiança que os filhos adoram, e ele ficou confuso com o sentimento de gostar de mim e ser "abandonado" pelos pais. Contornamos a situação e ele voltou a só dormir comigo em pé ao lado de sua cama. Sou a babysitter mais feliz do mundo com tanto amor dos meus pequenos!
A saudade é que tem me tirado do sério um pouco. Não sei se é o frio, se o fim do ano chegando, se é o fato de estar completando 3meses que saí do Rio, se é tudo isso junto. Só sei que agora a saudade é um issue. Um big fat issue!!! rsrsrsrs Sinto falta do Rio, da cidade em si, dos meus amigos amados, da minha família querida, e principalmente dos pequenos amores e xodós Diogo e Sofia. Mas... o que não tem remédio remediado está. E não me venham falar de skype e coisa e tal por quando a saudade aperta de verdade falar no skype vendo a carinhas deles e estar tão perto tão longe é ainda pior, a saudade aumenta e me pego com lágrimas nos olhos quando desligo.
O frio tá voltando. Hoje quando saí de manhã tava 3graus. Estou me sentindo muito gringa já e completamente local! Saí mega encasacada que nem uma cebola cheia de camadas, e passei calor! Pensei: pronto, me acostumei!!! Mas depois lembrei que hoje estava sem vento, e o grande problema do frio dessa cidade não é a temperatura em si e sim o vento. Vento que literalmente racha a pele, a boca, nariz, ouvido, olho, fica tudo congelado e ressecado, um horror!!!! Mas cá entre nós estou ansiosamente esperando pela neve e pelo meu tão sonhado white chistmas em Nyc! Claro que devidamente encapotada com meu mega casaco e minha super bota de neve.
Não sei se já comentei aqui também a quantidade de línguas que ouvimos nessa cidade. Inglês, espanhol, chinês, português, italiano, francês, árabe, hebraico, coreano, e por aí vai! Uma cidade realmente cosmopolita! Milhões de linguas, nacionalidades, culturas, tudo misturado em um só lugar. Claro que muitos vivem em comunidades, mas no dia a dia estão todos por todos os lugares. As vezes em lojas e restaurantes é difícil a comunicação com os atendentes pois eles tem sotaque, eu tenho sotaque, daí ninguém se entende e é uma confusão só, terminamos quase que falando em mímica. Mas modéstia parte meu inglês é bem melhor que o deles. Rs
Hoje é dia de Thanksgiving. Ruas vazias, restaurantes lojas e mercados fechados, amigos viajando. Trabalhei de manhã com meu pequeno Benyamin, que fez 7meses segunda e já me reconhece, tá quase engatinhando, quase andando também, e o melhor de tudo: me dá um belo sorriso quando chego, pula no meu colo e me dá um longo abraço com a cabeça encostada no meu ombro como quem diz: senti sua falta. Ah! e agora ele balbucia "baba" e eu fico brincando que é pra mim que ele fala. Meu pequeno xodó que a coisa mais linda e uma delícia ver como ele cresce e desenvolve a cada dia. Enfim... fui cuidar dele hoje de manhã e depois fui encontrar minha querida nova amiga chinesa, Phoebe, para comprar comida para cozinharmos. Unicas remanescentes na cidade decidimos nos juntar e fazer um almoço de Thanksgiving. Como tal feriado não é uma tradição para nenhuma das duas resolvemos fazer um cardápio nosso mesmo sem nos ater muito para as tradicionais comida. E o menu ficou assim:
entrada = queijo guda defumado e uvas. salada verde com avocado e tomate cereja
prato principal = risoto de cogumelos com presunto de parma
sobremesa = brigadeiro com frutas.
Um banque delicioso! Uma tarde agradável de comilança, conversa boa e HarryPotter. Sim! ficamos assistindo Harry Potter e o príncipe de Askaban!
Agora na madrugada de quinta pra sexta tem a Black Friday, muitas lojas com uma mega sale que enlouquece americanos e estrangeiros sempre na madrugada after thanksgiving. Algumas lojas abrem à meia noite, outras às 6am. Uma loucura só! Já são 10:45pm, vou tentar dormir e vejo se aproveito alguma coisa dessa big sale com minha querida chinese friend!
Essa segunda comecei finalmente o tão esperado curso de figurino no FIT (Fashion Institute of Technology). Gostei muito. A professora é super séria e entende muito do assunto. O curso se chama Fashion in film, tv and media, e é sobre como os figurinos e personagens e atores ditaram modas e vice e versa. É bem interessante. Abrange cinema, moda, figurino, sociedade, cultura, de um ponto de vista bem bacana.
Os trabalhos de babysitter continuam muito bem. Cada dia me apaixono mais pelo meus pequenos, e a cada dia percebo como eles também tem se apegado cada vez mais a mim. Outro dia Celeste dormiu de mãos dadas comigo. Ginger não chora mais quando a mãe sai de casa e nem na hora de dormir. Benyamin pula pro meu colo e me abraça, principalemente terça feira que ficamos desde quinta sem nos ver. Oliver fica sorridente quando eu chego e pede para eu fazer "mexido" porque o meu ovo mexido é o melhor que ele já comeu. Cyrus que teve uns dias difíceis e foi um pouco grosseiro comigo, mas acho que era uma mistura de sentimentos porque os pais começaram a sair mais já que arrumaram uma babysitter de confiança que os filhos adoram, e ele ficou confuso com o sentimento de gostar de mim e ser "abandonado" pelos pais. Contornamos a situação e ele voltou a só dormir comigo em pé ao lado de sua cama. Sou a babysitter mais feliz do mundo com tanto amor dos meus pequenos!
A saudade é que tem me tirado do sério um pouco. Não sei se é o frio, se o fim do ano chegando, se é o fato de estar completando 3meses que saí do Rio, se é tudo isso junto. Só sei que agora a saudade é um issue. Um big fat issue!!! rsrsrsrs Sinto falta do Rio, da cidade em si, dos meus amigos amados, da minha família querida, e principalmente dos pequenos amores e xodós Diogo e Sofia. Mas... o que não tem remédio remediado está. E não me venham falar de skype e coisa e tal por quando a saudade aperta de verdade falar no skype vendo a carinhas deles e estar tão perto tão longe é ainda pior, a saudade aumenta e me pego com lágrimas nos olhos quando desligo.
O frio tá voltando. Hoje quando saí de manhã tava 3graus. Estou me sentindo muito gringa já e completamente local! Saí mega encasacada que nem uma cebola cheia de camadas, e passei calor! Pensei: pronto, me acostumei!!! Mas depois lembrei que hoje estava sem vento, e o grande problema do frio dessa cidade não é a temperatura em si e sim o vento. Vento que literalmente racha a pele, a boca, nariz, ouvido, olho, fica tudo congelado e ressecado, um horror!!!! Mas cá entre nós estou ansiosamente esperando pela neve e pelo meu tão sonhado white chistmas em Nyc! Claro que devidamente encapotada com meu mega casaco e minha super bota de neve.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Muito tempo sem escrever... e muita muita muita coisa para falar.
Depois de uns dias procurando trabalho soube por uma conhecida daqui de um site só para babysitters. Me inscrevi imediatamente e comecei a responder anúncios de pais precisando urgentemente de babysitters para seus filhos. Coisa de americano mesmo catar num site pessoas desconhecidas para tomar conta de seus filhos.
Fui a algumas entrevistas e diversos cantos da cidade, o que foi excelente pois me fez conhecer lugares que talvez jamais fosse conhecer. E consegui algumas famílias para trabalhar.
Uma família numa bela área do Brooklyn, com 2 filhos, uma menina de 4anos e um menino de 6anos, pais artístas, mãe irmã de um puta estilista, casa linda, crianças lindas e incríveis, que me apaixonei e outro dia me disseram que eu era their favorite babysitter!
Outra família também no Brooklyn, mas no bairro de judeus ortodóxos, a mãe é brasileira carioca, o pai é californiano, e o neném tem 6meses e é um buchechudo lindo que eu também me apaixonei e agora quando chego lá ele sorri muito e fica pulando no colo da mãe.
Uma família no Harlem, o pai mineiro, a mãe americana, um menino de 6anos e uma menina de 1ano e meio. Gosto muito deles também, crianças fofas e simpáticas, e com eles tenho que falar português para aprenderem a lingua. Os dois entendem tudo, mas o de 6anos resiste pra falar português, mas comigo ele até fala e com um sotaque fofíssimo!
Mais uma familia, essa em Tribeca. Três filhos lindos, mas um tanto quanto pestinhas. O primeiro dia fui mandada sozinha pra um parque com eles. Sorte que os parques aqui são cercados e as crianças não saem, mas passei um sufoco. Primeira vez com eles sozinha em casa foi ontem, e correu tudo bem! Sinto que tenho um dom!!! ahhahahah Depois de uns minutos de mau-humor infantil com a nanny consegui conquistar os pequenos que na saída ficaram me perguntando se eu voltava no dia seguinte. Me apaixonei mais uma vez e agora já sei que vou sofrer quando voltar de saudades dos 8 pequenos que eu cuido muito feliz da vida!
Agora me sinto na obrigação de dedicar um parágrafo para falar do bairro ortodóxo judeu no Brooklyn. Lá me sinto num filme do Woody Allen e um peixe fora d'água! As mulheres todas de saias abaixo do joelho, meia calça preta, blusas de manga comprida e gola rolê, peruca. Os homens todos com barbão, roupas pretas social com uma espécie de capa, e um chapéu que recebe uma capa de chuva especial para os dias de chuva que é uma coisa muito engraçada. Os meninos todos de kipá, as pequenas todas de saia abaixo do joelho, meia e mangas-compridas. Um jovens bonitos que dá uma pena pelo disperdício. O bairro é sujo que só, muito lixo na rua, o mais sujo que já vi até agora, o que me faz chegar a conclusão que os judeus, com todo o respeito, são uns porcos. O bairro, fora a sujeira, é bem bonitinho e alegre com muita gente andando na rua, mulheres com seus mil e quinhentos rebentos (ô povinho pra ter filho!), homens com suas roupas pretas e sempre com uma planta na mão. Teve um feriado em que eles constroem umas casinhas com teto de folhas onde eles tem que fazer as refeições dentro. E então agora na frente de todos os prédios e casas tem essas casinhas, que dependendo do nível financeiro parece mais um barraquinho que sabe-se lá como eles conseguem se enfiar todos com aqueles monte de filhos dentro para sentarem e se alimentarem. Fora a sujeira e, tirando as negras (esqueci de comentar que tem muito negro morando no bairro o que é uma coisa bem engraçada essa mistura), eu ser a única mulher de calça e cabelos próprios a mostra, eu acho o bairro bem agradável.
O curso que me inscrevi no FIT foi cancelado. Voltei a procura de cursos e achei um na Parsons que muito me agradou! Ele só começa dia 31 de outubro e termina dia 5 de dezembro, o que me obrigou a ficar mais tempo ainda em NYC! =) Muito feliz com isso! Penso em passar aqui natal e ano novo e só voltar em janeiro.
Prometo voltar a escrever mais e já tenho uma lista enorme de tópicos!
Depois de uns dias procurando trabalho soube por uma conhecida daqui de um site só para babysitters. Me inscrevi imediatamente e comecei a responder anúncios de pais precisando urgentemente de babysitters para seus filhos. Coisa de americano mesmo catar num site pessoas desconhecidas para tomar conta de seus filhos.
Fui a algumas entrevistas e diversos cantos da cidade, o que foi excelente pois me fez conhecer lugares que talvez jamais fosse conhecer. E consegui algumas famílias para trabalhar.
Uma família numa bela área do Brooklyn, com 2 filhos, uma menina de 4anos e um menino de 6anos, pais artístas, mãe irmã de um puta estilista, casa linda, crianças lindas e incríveis, que me apaixonei e outro dia me disseram que eu era their favorite babysitter!
Outra família também no Brooklyn, mas no bairro de judeus ortodóxos, a mãe é brasileira carioca, o pai é californiano, e o neném tem 6meses e é um buchechudo lindo que eu também me apaixonei e agora quando chego lá ele sorri muito e fica pulando no colo da mãe.
Uma família no Harlem, o pai mineiro, a mãe americana, um menino de 6anos e uma menina de 1ano e meio. Gosto muito deles também, crianças fofas e simpáticas, e com eles tenho que falar português para aprenderem a lingua. Os dois entendem tudo, mas o de 6anos resiste pra falar português, mas comigo ele até fala e com um sotaque fofíssimo!
Mais uma familia, essa em Tribeca. Três filhos lindos, mas um tanto quanto pestinhas. O primeiro dia fui mandada sozinha pra um parque com eles. Sorte que os parques aqui são cercados e as crianças não saem, mas passei um sufoco. Primeira vez com eles sozinha em casa foi ontem, e correu tudo bem! Sinto que tenho um dom!!! ahhahahah Depois de uns minutos de mau-humor infantil com a nanny consegui conquistar os pequenos que na saída ficaram me perguntando se eu voltava no dia seguinte. Me apaixonei mais uma vez e agora já sei que vou sofrer quando voltar de saudades dos 8 pequenos que eu cuido muito feliz da vida!
Agora me sinto na obrigação de dedicar um parágrafo para falar do bairro ortodóxo judeu no Brooklyn. Lá me sinto num filme do Woody Allen e um peixe fora d'água! As mulheres todas de saias abaixo do joelho, meia calça preta, blusas de manga comprida e gola rolê, peruca. Os homens todos com barbão, roupas pretas social com uma espécie de capa, e um chapéu que recebe uma capa de chuva especial para os dias de chuva que é uma coisa muito engraçada. Os meninos todos de kipá, as pequenas todas de saia abaixo do joelho, meia e mangas-compridas. Um jovens bonitos que dá uma pena pelo disperdício. O bairro é sujo que só, muito lixo na rua, o mais sujo que já vi até agora, o que me faz chegar a conclusão que os judeus, com todo o respeito, são uns porcos. O bairro, fora a sujeira, é bem bonitinho e alegre com muita gente andando na rua, mulheres com seus mil e quinhentos rebentos (ô povinho pra ter filho!), homens com suas roupas pretas e sempre com uma planta na mão. Teve um feriado em que eles constroem umas casinhas com teto de folhas onde eles tem que fazer as refeições dentro. E então agora na frente de todos os prédios e casas tem essas casinhas, que dependendo do nível financeiro parece mais um barraquinho que sabe-se lá como eles conseguem se enfiar todos com aqueles monte de filhos dentro para sentarem e se alimentarem. Fora a sujeira e, tirando as negras (esqueci de comentar que tem muito negro morando no bairro o que é uma coisa bem engraçada essa mistura), eu ser a única mulher de calça e cabelos próprios a mostra, eu acho o bairro bem agradável.
O curso que me inscrevi no FIT foi cancelado. Voltei a procura de cursos e achei um na Parsons que muito me agradou! Ele só começa dia 31 de outubro e termina dia 5 de dezembro, o que me obrigou a ficar mais tempo ainda em NYC! =) Muito feliz com isso! Penso em passar aqui natal e ano novo e só voltar em janeiro.
Prometo voltar a escrever mais e já tenho uma lista enorme de tópicos!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Ok. 11 dias sem escrever foi muito, confesso. E não sei muito bem por onde começar, não lembro nem onde parei...
Passei semana passada quase toda em casa procurando desesperadamente um trabalho. Procurei primeiro num classificados na internet que todos usam para achar apartamentos, roomates, trabalhos e etc. Respondi um anuncio de uma família no Upper East Side precisando de uma part-time nanny. Me correspondi com a mãe da família por email por algumas horas trocando informações, decidimos então marcar um encontro. Claro que antes de ir ao encontro chequei tudo! O email da mulher vinha com a assinatura do trabalho dela, um escritório de advocacia. Entrei na página do escritório, chequei telefones, chequei quem era, e vi que estava tranquilo. Minha mãe, com sua cabeça de Law & Order Special Victims Unit ficou extremamente preocupada e paranóica, e plantou a sementinha da paranóia em mim. Na hora de ir a entrevista mandei mensagem para duas amigas com o endereço da família na qual ia na casa e com a seguinte mensagem: se eu não te ligar até 20:30pm GET WORRIED!
Cheguei lá e família era totalmente normal, linda, e muito simpática. Tudo correu bem, não fui nem estuprada nem esquartejada e nem nada que o valha, mas não consegui o trabalho.
Uma conhecida daqui me indicou então um site só de babysitters e nannys. Fiz meu profile e comecei a responder 500mil anúncios de pais desesperados por babás de todos os tipos. Desde então já recebi algumas ligações e fui a 3 entrevistas e fechei meu primeiro trabalho como babysitter!
Agora é bem esquisita essa coisa de americano de procurar babá para os filhos pela internet. No Brasil isso não aconteceria nunquinha! Aqui é super comum. Eles no máximo ligam para você e para a pessoa que você colocou como sua referência.
Fim de semana passado fui num evento do Guggenheim chamado StillSpotting, by Arvo Pärt and Snøhetta. O evento consistia em 5 instalações espalhadas por 5 cantos da cidade: Battery, Fort Jay at Governors Island, Fort Jay Overlook at Governors Island, Woolworth Building e 7 World Trade Center. Você pagava 10 dólares e ganhava uma pulseirinha que te dava direito a entrar em todas as intalações. Battery Park é um parque perto de onde se pegam as barcas para várias ilhas. Governors Island é uma ilha onde era um antigo forte, lindo. Woolworth é um prédio antigo, comercial, lindíssimo! Todo decorado, e que não pode entrar turista, então o evento era um excelente motivo para entrar no prédio. E 7 World Trade Center é um novo prédio do Worl Trade Center. A instalação ficava no 56andar, e o andar é todo de vidro com uma vista surrealmente linda. Chegamos no pôr do sol, e além da vista maravilhosa estava um luz e um pôr do sol de cair o queixo! Evento fantástico, valeu muito a pena!
Amanhã escrevo mais, hoje estou cansada...
Passei semana passada quase toda em casa procurando desesperadamente um trabalho. Procurei primeiro num classificados na internet que todos usam para achar apartamentos, roomates, trabalhos e etc. Respondi um anuncio de uma família no Upper East Side precisando de uma part-time nanny. Me correspondi com a mãe da família por email por algumas horas trocando informações, decidimos então marcar um encontro. Claro que antes de ir ao encontro chequei tudo! O email da mulher vinha com a assinatura do trabalho dela, um escritório de advocacia. Entrei na página do escritório, chequei telefones, chequei quem era, e vi que estava tranquilo. Minha mãe, com sua cabeça de Law & Order Special Victims Unit ficou extremamente preocupada e paranóica, e plantou a sementinha da paranóia em mim. Na hora de ir a entrevista mandei mensagem para duas amigas com o endereço da família na qual ia na casa e com a seguinte mensagem: se eu não te ligar até 20:30pm GET WORRIED!
Cheguei lá e família era totalmente normal, linda, e muito simpática. Tudo correu bem, não fui nem estuprada nem esquartejada e nem nada que o valha, mas não consegui o trabalho.
Uma conhecida daqui me indicou então um site só de babysitters e nannys. Fiz meu profile e comecei a responder 500mil anúncios de pais desesperados por babás de todos os tipos. Desde então já recebi algumas ligações e fui a 3 entrevistas e fechei meu primeiro trabalho como babysitter!
Agora é bem esquisita essa coisa de americano de procurar babá para os filhos pela internet. No Brasil isso não aconteceria nunquinha! Aqui é super comum. Eles no máximo ligam para você e para a pessoa que você colocou como sua referência.
Fim de semana passado fui num evento do Guggenheim chamado StillSpotting, by Arvo Pärt and Snøhetta. O evento consistia em 5 instalações espalhadas por 5 cantos da cidade: Battery, Fort Jay at Governors Island, Fort Jay Overlook at Governors Island, Woolworth Building e 7 World Trade Center. Você pagava 10 dólares e ganhava uma pulseirinha que te dava direito a entrar em todas as intalações. Battery Park é um parque perto de onde se pegam as barcas para várias ilhas. Governors Island é uma ilha onde era um antigo forte, lindo. Woolworth é um prédio antigo, comercial, lindíssimo! Todo decorado, e que não pode entrar turista, então o evento era um excelente motivo para entrar no prédio. E 7 World Trade Center é um novo prédio do Worl Trade Center. A instalação ficava no 56andar, e o andar é todo de vidro com uma vista surrealmente linda. Chegamos no pôr do sol, e além da vista maravilhosa estava um luz e um pôr do sol de cair o queixo! Evento fantástico, valeu muito a pena!
Amanhã escrevo mais, hoje estou cansada...
sábado, 24 de setembro de 2011
Outro dia estava andando no Times Square e no meio daquele monte de luz e atrativos visuais um pequeno grupo de pessoas me chamou muito a atenção. Chamar atenção no Times Square é tarefa árdua com tanta coisa acontecendo, painéis luminosos, vídeos gigantescos, anúncios, lojas faraônicas, luzes e mais luzes e mais luzes que parece estar sempre de dia, mesmo na calada da noite, fora os sons e músicas.
Esse pequeno grupo gritava algo que a princípio não consegui entender. Me aproximei. Eles tinham placas e cartazes, manifestavam contra algo. Parei e ouvi atentamente o que diziam, li os cartazes e sutilmente tirei uma foto, pois aquilo me interessou bastante. Nos cartazes a foto de um homem negro, e dizeres contra sua execução. E gritavam "we are Troy Davis" com muito engajamento.
Cheguei em casa e fui direto para o computador saber mais sobre esse homem. Troy Davis estava no corredor da morte. Condenado injustamente em 1991 pelo assassinato de um jovem policial em 1989, Davis foi mandado para o corredor da morte sem provas concretas. Sua culpa é duvidosa e por isso conseguiu apelar 3x e retardar sua morte por injeção letal. Muitos americanos protestaram contra sua injusta condenação. Dia 21, às 7pm, ele deveria ser executado, mas conseguiram que revissem seu processo. De nada adiantou, não perdoaram ele e nem se tocaram o quanto não concretas são as provas de sua culpa. Inclusive testemunhas mudaram seus depoimentos a favor de Davis dizendo que na época foram coagidas pela polícia para dizer que ele era o culpado. Davis foi executado às 11pm do dia 21 de setembro, sem nunca ter consigo provar sua inocência e nem sua culpa.
Uma das coisas mais nojentas da cultura americana é a pena de morte. Fiquei abalada com a história e revoltada contra essa lei escrota e idiota de matar seres humanos a torto e a direito! E o pior é pensar quantos Troy Davis não foram executados injustamente.
Me lembro do livro/filme "How To Kill a Mockingbird" (O Sol Nasce para Todos), em que um negro é condenado injustamente por um estupro e agressão que ele não poderia ter cometido pois é deficiente e não mexe um dos braços. Ele revoltado com a condenação acaba morto tentando fugir da polícia. Um dos meus filmes e livros favoritos. Talvez por isso tenha ficado tão tocada com a história de Troy Davis, ou simplesmente porque sou um ser humano e tenho coração e sou totalmente contra a pena de morte e a favor da pena de vida!
Esse pequeno grupo gritava algo que a princípio não consegui entender. Me aproximei. Eles tinham placas e cartazes, manifestavam contra algo. Parei e ouvi atentamente o que diziam, li os cartazes e sutilmente tirei uma foto, pois aquilo me interessou bastante. Nos cartazes a foto de um homem negro, e dizeres contra sua execução. E gritavam "we are Troy Davis" com muito engajamento.
Cheguei em casa e fui direto para o computador saber mais sobre esse homem. Troy Davis estava no corredor da morte. Condenado injustamente em 1991 pelo assassinato de um jovem policial em 1989, Davis foi mandado para o corredor da morte sem provas concretas. Sua culpa é duvidosa e por isso conseguiu apelar 3x e retardar sua morte por injeção letal. Muitos americanos protestaram contra sua injusta condenação. Dia 21, às 7pm, ele deveria ser executado, mas conseguiram que revissem seu processo. De nada adiantou, não perdoaram ele e nem se tocaram o quanto não concretas são as provas de sua culpa. Inclusive testemunhas mudaram seus depoimentos a favor de Davis dizendo que na época foram coagidas pela polícia para dizer que ele era o culpado. Davis foi executado às 11pm do dia 21 de setembro, sem nunca ter consigo provar sua inocência e nem sua culpa.
Uma das coisas mais nojentas da cultura americana é a pena de morte. Fiquei abalada com a história e revoltada contra essa lei escrota e idiota de matar seres humanos a torto e a direito! E o pior é pensar quantos Troy Davis não foram executados injustamente.
Me lembro do livro/filme "How To Kill a Mockingbird" (O Sol Nasce para Todos), em que um negro é condenado injustamente por um estupro e agressão que ele não poderia ter cometido pois é deficiente e não mexe um dos braços. Ele revoltado com a condenação acaba morto tentando fugir da polícia. Um dos meus filmes e livros favoritos. Talvez por isso tenha ficado tão tocada com a história de Troy Davis, ou simplesmente porque sou um ser humano e tenho coração e sou totalmente contra a pena de morte e a favor da pena de vida!
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Essa semana começou um pouco difícil com uma tpm que me pegou de jeito.
Segunda fui ao Moma pois minha outra visita não tinha sido completa, e mesmo completa aquele lugar é tão incrível que é necessário voltar. Voltei e a retrospectiva do Kooning inaugurou. Belíssima! Pude ver dessa vez o acervo de lá também que é sensacional, e acho que merece uma terceira volta lá, afinal Moma se tornou meu grande amor!
Terça, já meio mal da tpm, fui a Frick Colection, um museu pequeno, mais careta mas com belas obras, numa casa espetacular. Só a casa já vale a visita! Não só quadros e esculturas fazem parte da coleção, como móveis originais e porcelanas originais do século XVIII. Com uma dor horrorsa na lombar e nas costas, após esse pequeno passeio fui obrigada voltar para casa. A noite saí para jantar com amigas num japonês aqui. Os restaurantes japoneses aqui são bem diferentes do Brasil, e tem um cardápio de difícil entendimento. Mas com a ajuda de uma amiga que mora aqui há um tempo conseguimos order com sucesso e comemos deliciosos sushis sashimis e rolls. Os tamanhos são um pouco desproporcionais, é quase impossível enfiar de uma só vez um sushi ou roll, eles não cabem na boca e você tem que fazer seu hashi de garfo e faca e partir o sushi e assim conseguir comê-lo.
Quarta não fiz nada. Piorei substancialmente e decidi ir no máximo na farmácia na esquina. Com muita cólica, dor nas costas, enjôo e um cansaço sem precedentes, me dei um dia de folga e me enfiei de baixo dos cobertores e passei o dia vendo meus queridos e amados seriados que estão voltando de férias.
Hoje estou pouco, mas bem pouco, melhor, tentarei sair, passear e quem sabe arrumar algum trabalho! Vamos a luta que faltam apenas 2 semanas para o meu deadline e para a decisão de ficar ou não. Oh god!
Segunda fui ao Moma pois minha outra visita não tinha sido completa, e mesmo completa aquele lugar é tão incrível que é necessário voltar. Voltei e a retrospectiva do Kooning inaugurou. Belíssima! Pude ver dessa vez o acervo de lá também que é sensacional, e acho que merece uma terceira volta lá, afinal Moma se tornou meu grande amor!
Terça, já meio mal da tpm, fui a Frick Colection, um museu pequeno, mais careta mas com belas obras, numa casa espetacular. Só a casa já vale a visita! Não só quadros e esculturas fazem parte da coleção, como móveis originais e porcelanas originais do século XVIII. Com uma dor horrorsa na lombar e nas costas, após esse pequeno passeio fui obrigada voltar para casa. A noite saí para jantar com amigas num japonês aqui. Os restaurantes japoneses aqui são bem diferentes do Brasil, e tem um cardápio de difícil entendimento. Mas com a ajuda de uma amiga que mora aqui há um tempo conseguimos order com sucesso e comemos deliciosos sushis sashimis e rolls. Os tamanhos são um pouco desproporcionais, é quase impossível enfiar de uma só vez um sushi ou roll, eles não cabem na boca e você tem que fazer seu hashi de garfo e faca e partir o sushi e assim conseguir comê-lo.
Quarta não fiz nada. Piorei substancialmente e decidi ir no máximo na farmácia na esquina. Com muita cólica, dor nas costas, enjôo e um cansaço sem precedentes, me dei um dia de folga e me enfiei de baixo dos cobertores e passei o dia vendo meus queridos e amados seriados que estão voltando de férias.
Hoje estou pouco, mas bem pouco, melhor, tentarei sair, passear e quem sabe arrumar algum trabalho! Vamos a luta que faltam apenas 2 semanas para o meu deadline e para a decisão de ficar ou não. Oh god!
domingo, 18 de setembro de 2011
Essa semana começou um novo momento da viagem. A família e todos os que vieram para o casamento voltaram para o Rio. Agora, de visitante, sobrou só eu. Tenho muitos amigos morando aqui, mas é completamente diferente. De dia eles estudam, trabalham ou tem suas tarefas diárias. A noite nem sempre podem sair. Na parte do dia não me incomoda nem um pouco, saio sozinha desbravando a cidade solitariamente, assim como foi em Paris, e foi lindo. Saio as vezes sem rumo, só caminhando, decido o que quero e o que não quero fazer. Só na hora de almoçar sozinha que me incomoda um pouco, então levo um bom livro. Nessa viagem trouxe Borges, já que minha última viagem foi para Argentina, e lá me toquei que nunca havia lido Borges, e logo eu que sou completamente apaixonada pela Argentina e sua cultura. Então decidi que devia ler um dos maiores, senão o maior, escritor Argentino.
A noite tem sempre alguém para fazer alguma coisa, nem que seja ir comer algo na casa deles, o que confesso é um dos meus programas favoritos.
Essa semana fui no Guggenheim. Gostei muito da exposição que tinha, Lee Ufan, e da exposição permanente. Só que ela coisa de ir subindo uma rampa circular pra ver a exposição dá uma puta tonteira.
Fui também no Whitney. A expo de lá era Lyonel Feininger, não conhecia o trabalho dele e achei muito bom. E acervo de lá é incrível!!! Vi ao vivo o quadro do Hopper que tinha na sala da minha casa quando eu era criança, e me deu uma sensação tão boa. Sempre fui apaixonada por aquele quadro, desde pequena, e depois de alguns acontecimentos da vida me apeguei a ele ainda mais. Talvez porque nem meu pai nem minha mãe saibam onde esse quadro foi parar, e então ele ficou congelado lá naquela sala, naquela casa, naquele tempo, e depois tudo mudou.
Fui também no Museu de História Natural. Adoro aquilo lá! hahahahhaha Ver os dinossauros, a evolução humana, as constelações, os meteóros, os animais pré-históricos. Me sinto na escola de novo. hahahahhahahah
Voltei ao Metropolitan. Dessa vez devidamente alimentada e com muitas horas livres. Fiquei umas 4hs lá dentro desbravando minuciosamente o Império Romano, a Grécia antiga, o Egito antigo, e Africa, Oceania, e mais um continente a sua escolha. Andei tudo aquilo com muita atenção, e para minha alegria o museu não estava nada cheio e pude, então, passear calma e tranquilamente.
Ontem fui no Dia: Beacon, um museu numa antiga fábrica da Nabisco, enorme e com uma iluminação natural incrível. Passei a tarde lá. Ele fica há 1h e pouco de trem, numa viagem muito bonita costeando o rio Hudson. O museu em si já é lindo. Tem um sistema de iluminação natural, que pelo que entendi é original da fábrica, maravilhoso, então ele é todo iluminado pela luz do dia. As obras são muitas boas, e em sua maioria muito grande, e lindas. Tudo lá é muito interessante. Arrumei mais uma paixão!
A noite tem sempre alguém para fazer alguma coisa, nem que seja ir comer algo na casa deles, o que confesso é um dos meus programas favoritos.
Essa semana fui no Guggenheim. Gostei muito da exposição que tinha, Lee Ufan, e da exposição permanente. Só que ela coisa de ir subindo uma rampa circular pra ver a exposição dá uma puta tonteira.
Fui também no Whitney. A expo de lá era Lyonel Feininger, não conhecia o trabalho dele e achei muito bom. E acervo de lá é incrível!!! Vi ao vivo o quadro do Hopper que tinha na sala da minha casa quando eu era criança, e me deu uma sensação tão boa. Sempre fui apaixonada por aquele quadro, desde pequena, e depois de alguns acontecimentos da vida me apeguei a ele ainda mais. Talvez porque nem meu pai nem minha mãe saibam onde esse quadro foi parar, e então ele ficou congelado lá naquela sala, naquela casa, naquele tempo, e depois tudo mudou.
Fui também no Museu de História Natural. Adoro aquilo lá! hahahahhaha Ver os dinossauros, a evolução humana, as constelações, os meteóros, os animais pré-históricos. Me sinto na escola de novo. hahahahhahahah
Voltei ao Metropolitan. Dessa vez devidamente alimentada e com muitas horas livres. Fiquei umas 4hs lá dentro desbravando minuciosamente o Império Romano, a Grécia antiga, o Egito antigo, e Africa, Oceania, e mais um continente a sua escolha. Andei tudo aquilo com muita atenção, e para minha alegria o museu não estava nada cheio e pude, então, passear calma e tranquilamente.
Ontem fui no Dia: Beacon, um museu numa antiga fábrica da Nabisco, enorme e com uma iluminação natural incrível. Passei a tarde lá. Ele fica há 1h e pouco de trem, numa viagem muito bonita costeando o rio Hudson. O museu em si já é lindo. Tem um sistema de iluminação natural, que pelo que entendi é original da fábrica, maravilhoso, então ele é todo iluminado pela luz do dia. As obras são muitas boas, e em sua maioria muito grande, e lindas. Tudo lá é muito interessante. Arrumei mais uma paixão!
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Em Nyc muitas coisas são caóticas, mas o trânsito é algo surreal. Chegamos aqui achando que, como na Europa, as pessoas são civilizadas no trânsito e respeitam sinais e etc. Mas não, é tudo uma puta zona, ninguém respeita porra nenhuma. O sinal fecha para pedreste e se você não se jogar os carros não param, e mesmo se jogando eles param muito perto de você e assim q você sai da frente do carro eles aceleram. Correm bastante, não diminuem quando vêem pedestre atravessando, os carros se fecham o tempo todo, motoristas se xingam, fecham cruzamentos. Fora o engarrafamento.... E eu pensando que morava na cidade onde as pessoas eram mais escrotas no trânsito, consegui achar algo muito pior.
E se comunicar com taxista é missão quase impossível. Eles são em sua maioria imigrantes e mal falam inglês. Você tem que dizer o nome da rua um milhão de vezes até eles entenderem. Além disso eles param no meio da rua quando você faz sinal e te deixam aonde eles querem. Isso quando você consegue arrumar um taxi... Ô cidadezinha ruim pra arrumar um taxi! Não é que não passa taxi, é que estão todos lotados. E os que passam vazios ou não querem parar ou então só te levam pro lado que eles estão indo, se o mesmo lado que o seu sorte, senão azar o seu, fica ai na rua esperando mais. As pessoas aqui andam na rua com a mão levantada quando querem um taxi, é engraçado isso. Outro dia saí de casa depois de meia noite e tive que ir andando umas 20 quadras porque não arrumei taxi. Foi tranquilo, as ruas estavam lotadas de carro e gente, e o meu medo inicial de carioca mal acostumada logo passou.
E se comunicar com taxista é missão quase impossível. Eles são em sua maioria imigrantes e mal falam inglês. Você tem que dizer o nome da rua um milhão de vezes até eles entenderem. Além disso eles param no meio da rua quando você faz sinal e te deixam aonde eles querem. Isso quando você consegue arrumar um taxi... Ô cidadezinha ruim pra arrumar um taxi! Não é que não passa taxi, é que estão todos lotados. E os que passam vazios ou não querem parar ou então só te levam pro lado que eles estão indo, se o mesmo lado que o seu sorte, senão azar o seu, fica ai na rua esperando mais. As pessoas aqui andam na rua com a mão levantada quando querem um taxi, é engraçado isso. Outro dia saí de casa depois de meia noite e tive que ir andando umas 20 quadras porque não arrumei taxi. Foi tranquilo, as ruas estavam lotadas de carro e gente, e o meu medo inicial de carioca mal acostumada logo passou.
sábado, 10 de setembro de 2011
Ontem fui almoçar com o povo que ia voltar pro Rio. Engraçado ver todo mundo ir embora e eu ir ficando... boa sensação! Depois fui passear um pouco no Central Park, mas de repente me deu uma vontade absurda de ir na Schwartz, então carreguei Elisa lá comigo. Sonho de qualquer criança, e adulto diga-se de passagem, nós piramos lá dentro! Mil brinquedos de todos os tipos, cores, formatos. Dá vontade de ser criança de novo, mas como não é possível dá então vontade de levar um brinquedo pra brincar mesmo adulto. Tem algumas coisas meio freak show como uma mesa gigantesca de totó (ou pebolim para os paulistas) da barbie, onde os jogadores são barbies, e custa muitos mils dólares; e também um berçario de bonecas que no vidro tem escrito "adopt a newborn". Bizarrices a parte, nos perdemos naquela loja e quase nos atrasamos para o Cirque du Soleil.
Eu nunca fui fã de circo, nem quando era criança. Na verdade sempre tive pavor de circo, sempre achei decadente e triste, uma coisa horrorosa que me enchia de angustia. Mas decidi enfrentar o Cirque du Soleil e tirar aquela impressão ruim da infância. Bom... não tirou muito. O teatro era surrealmente enooooorme, quase um maracanã. O cenário era lindíssimo, mudava toda hora, a luz era maravilhosa, tinham várias projeções foda, e os artistas, bem... os artistas eram artistas de circo, excelentes artistas de circo, mas de circo. A música era a coisa mais cafona do mundo. Em alguns momentos era impressionante, em outros chatos, em outros não era nada. Mas o cenário luz e projeções sempre chamavam atenção. Definitivamente circo não é lugar pra mim, sendo ele decadente ou todo modernoso como o Cirque du Soleil.
Depois a noite continou com meu querido amigo Baratta. Fomos pro Lower East, pedaço da cidade que tem vários bares legais. Fomos num bar, que não lembro o nome, em que se entrava por uma portinha com cara de fundo de prédio, passava por um corredor, subia 5 degraus e tinha uma portinha que era o bar. É um bar da época da lei seca nos estados unidos, e servem cerveja em grandes xícaras e drinks em xícaras de chá, como faziam da tal época para fingir que eram uma casa de chá caso a polícia batesse. Lindo bar, boa bebida, bonitas pessoas.
Hoje saí para encontrar Marília. A cidade está ficando estranha com a chegada das solenidades do 11 de setembro. Muitas sirenes, muita polícia pra lá e pra cá, muito caminhão de bombeiro passando correndo, muitas ambulâncias. A cidade está emolvorosa. Além disso ontem a noite começou o Fashion Week, a Times Square e 5th Avenue estavam impossíveis! Mil lojas abertas a noite toda, mais luz que o normal, mais gente que o normal, música nas vitrines, uma loucura!
Fizemos shopping, tudo lotado, lojas imeeensas que você se perde lá dentro. A noite fui encontrar João primo numa boate, depois fomos pra outra e a noite seguiu muito divertida!!!
Eu nunca fui fã de circo, nem quando era criança. Na verdade sempre tive pavor de circo, sempre achei decadente e triste, uma coisa horrorosa que me enchia de angustia. Mas decidi enfrentar o Cirque du Soleil e tirar aquela impressão ruim da infância. Bom... não tirou muito. O teatro era surrealmente enooooorme, quase um maracanã. O cenário era lindíssimo, mudava toda hora, a luz era maravilhosa, tinham várias projeções foda, e os artistas, bem... os artistas eram artistas de circo, excelentes artistas de circo, mas de circo. A música era a coisa mais cafona do mundo. Em alguns momentos era impressionante, em outros chatos, em outros não era nada. Mas o cenário luz e projeções sempre chamavam atenção. Definitivamente circo não é lugar pra mim, sendo ele decadente ou todo modernoso como o Cirque du Soleil.
Depois a noite continou com meu querido amigo Baratta. Fomos pro Lower East, pedaço da cidade que tem vários bares legais. Fomos num bar, que não lembro o nome, em que se entrava por uma portinha com cara de fundo de prédio, passava por um corredor, subia 5 degraus e tinha uma portinha que era o bar. É um bar da época da lei seca nos estados unidos, e servem cerveja em grandes xícaras e drinks em xícaras de chá, como faziam da tal época para fingir que eram uma casa de chá caso a polícia batesse. Lindo bar, boa bebida, bonitas pessoas.
Hoje saí para encontrar Marília. A cidade está ficando estranha com a chegada das solenidades do 11 de setembro. Muitas sirenes, muita polícia pra lá e pra cá, muito caminhão de bombeiro passando correndo, muitas ambulâncias. A cidade está emolvorosa. Além disso ontem a noite começou o Fashion Week, a Times Square e 5th Avenue estavam impossíveis! Mil lojas abertas a noite toda, mais luz que o normal, mais gente que o normal, música nas vitrines, uma loucura!
Fizemos shopping, tudo lotado, lojas imeeensas que você se perde lá dentro. A noite fui encontrar João primo numa boate, depois fomos pra outra e a noite seguiu muito divertida!!!
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Moma 1
Estou oficialmente e perdidamente apaixonada pelo Moma. Achei meu lugar no mundo, e é lá dentro! Fui pra lá com Marília, Nena e Luizinho e quando fomos comprar a entrada, que é caríssima por sinal, a mulher do caixa disse muito simpática que sairia mais barato se um de nós virassemos internetional membership e comprasse a entrada pra 3 convidados do que comprar a entrada inteira dos 4. Aqui tem essa coisa incrível de os vendedores e caixas serem extremamente simpáticos e dizerem o que seria melhor pro cliente em termos de preço/custo benefício, e se não tem algo na loja deles eles dizem onde encontrar. Imagina se no Rio fazem isso? Aqui serviço é coisa séria, e cliente é sempre bem tratado!
Enfim... voltando ao Moma... Acabou que eles me colocaram como Membership e agora entro de graça lá!!! Meu cartão vale 1 ano!
Que acervo maravilhoso, que museu lindo! Melhor da arte está ali com certeza. E a lojinha é a mais linda, e cara, do mundo! Fiquei tão animada e apaixonada que poderia passar horas aqui falando de tudo. Voltarei lá muitas vezes e daí escrevo mais detalhadamente sobre o museu, as exposições e programações.
Saindo de lá fui andando encontrar Baratta e 2 amigos num restaurante Turco, incrível.
Enfim... voltando ao Moma... Acabou que eles me colocaram como Membership e agora entro de graça lá!!! Meu cartão vale 1 ano!
Que acervo maravilhoso, que museu lindo! Melhor da arte está ali com certeza. E a lojinha é a mais linda, e cara, do mundo! Fiquei tão animada e apaixonada que poderia passar horas aqui falando de tudo. Voltarei lá muitas vezes e daí escrevo mais detalhadamente sobre o museu, as exposições e programações.
Saindo de lá fui andando encontrar Baratta e 2 amigos num restaurante Turco, incrível.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Chegou a chuva em NYC. E não é nada divertido. Tudo bem, quando estamos visitando algum lugar a gente sempre tira proveito de todas as mais peculiares e chatas situações, então passei o dia rindo de tudo.
Combinei novamente de encontrar Elisa e João na porta do Metropolitan. Nada melhor que se enfurnar num museu num dia de chuva. Saí de casa e chovia muito forte. Sem guarda-chuva, mas aqui as farmácias são coisas faraônicas que vendem de tudo tudo tudo e é uma tentação horrorosa pra quem tem uma queda por farmácias e quer comprar tudo que vê pela frente, e lá eles tem guarda-chuva, então adquiri um, e só, me segurei para não comprar mais nada. Segui com meu lindo vermelho guarda-chuva que não adiantava muito porque venta pra cacete e fui ficando encharcada do mesmo jeito. Andei umas 5 quadras, peguei o metro, subi uptown por milhões de minutos, saltei na estação mais próxima ao Met, andei na chuva me molhando mais um pouco, cheguei no museu e... nada de encontrar o casal. Dessa vez decidi esperar só um pouco, afinal nosso histórico de encontros não estava dos melhores. Entrei no museu e puta que pariu! Que lindo! Que grande! que incrível!!!! Mas a fome não me permitiu explorar como queria as arts of africa, oceania, and the americas, egyptian art, greek and roman arts, medieval arts, modern and contemporary ats, drawing and prints, european paintings, e por aí vai. Dei uma volta rápida de umas 2hs e quase desfaleci no meio do império romano. Como lá você paga o quanto quiser para entrar, paguei apenas 1 dollar e voltarei por mais 1 dollar outro dia muito bem alimentada. Quando eu tava quase desmaiando vi uma das coisas que mais esperava ver em nyc: Edward Hopper. Lágrimas nos olhos.
Saí do Met e fui andando até o metro. Paro no sinal da 77st com Madison av e vem andando em minha direção um homem do qual o rosto não me era desconhecido. Ops... David Duchovny! Detective Mulder passa por mim com jaqueta empermeável, mão no bolso, guarda-chuva, e sem nenhuma atitude suspeita, mas achei melhor olhar bem em volta para ver se não tinha nenhum ser estranho, alien ou algo que o valha por ali.
Cheguei encharcada na casa das minhas tias. Fui obrigada a secar minhas meias com secador de cabelo porque senão viraria um picolé. Tá frio. Tá molhado. E nyc faz poças como ninguém!
Devidamente seca, pelo menos o suficiente pra não virar congelar de frio, segui para ver Wicked. Musical nunca foi muito a minha praia, mas não desgosto não. Invariavelmente no meio do teatro eu me arrependo e começo a achar tudo um saco. Mas com Wicked foi diferente. Comecei achando chatinho, e de repente foi pega de surpresa assistindo mega atenta e vibrando com a história, que é maravilhosa e remete a infância. Sobre as bruxas do Mágico de Oz, a peça faz uma leitura totalmente diferente e mostra um novo ponto de vista da histórinha de Dorot e seu fiel cachorro Toto. Em Wicked a bruxa má é na verdade boa, e por um golpe de poder pintam ela de vilã, afinal ela já é feia, verde e extremamente talentosa na magia. A história começa com as bruxas jovens e amigas, antes dos acontecimentos do filme, e termina com a morte da Wicked Wich of the West. Chorei no final, confesso.
Depois fomos jantar num restaurante maravilhoso Balthazar, e nos esbaldamos nas mil comidinhas e vinhos.
Hoje não sei, to em casa de preguicinha com a chuva...
Combinei novamente de encontrar Elisa e João na porta do Metropolitan. Nada melhor que se enfurnar num museu num dia de chuva. Saí de casa e chovia muito forte. Sem guarda-chuva, mas aqui as farmácias são coisas faraônicas que vendem de tudo tudo tudo e é uma tentação horrorosa pra quem tem uma queda por farmácias e quer comprar tudo que vê pela frente, e lá eles tem guarda-chuva, então adquiri um, e só, me segurei para não comprar mais nada. Segui com meu lindo vermelho guarda-chuva que não adiantava muito porque venta pra cacete e fui ficando encharcada do mesmo jeito. Andei umas 5 quadras, peguei o metro, subi uptown por milhões de minutos, saltei na estação mais próxima ao Met, andei na chuva me molhando mais um pouco, cheguei no museu e... nada de encontrar o casal. Dessa vez decidi esperar só um pouco, afinal nosso histórico de encontros não estava dos melhores. Entrei no museu e puta que pariu! Que lindo! Que grande! que incrível!!!! Mas a fome não me permitiu explorar como queria as arts of africa, oceania, and the americas, egyptian art, greek and roman arts, medieval arts, modern and contemporary ats, drawing and prints, european paintings, e por aí vai. Dei uma volta rápida de umas 2hs e quase desfaleci no meio do império romano. Como lá você paga o quanto quiser para entrar, paguei apenas 1 dollar e voltarei por mais 1 dollar outro dia muito bem alimentada. Quando eu tava quase desmaiando vi uma das coisas que mais esperava ver em nyc: Edward Hopper. Lágrimas nos olhos.
Saí do Met e fui andando até o metro. Paro no sinal da 77st com Madison av e vem andando em minha direção um homem do qual o rosto não me era desconhecido. Ops... David Duchovny! Detective Mulder passa por mim com jaqueta empermeável, mão no bolso, guarda-chuva, e sem nenhuma atitude suspeita, mas achei melhor olhar bem em volta para ver se não tinha nenhum ser estranho, alien ou algo que o valha por ali.
Cheguei encharcada na casa das minhas tias. Fui obrigada a secar minhas meias com secador de cabelo porque senão viraria um picolé. Tá frio. Tá molhado. E nyc faz poças como ninguém!
Devidamente seca, pelo menos o suficiente pra não virar congelar de frio, segui para ver Wicked. Musical nunca foi muito a minha praia, mas não desgosto não. Invariavelmente no meio do teatro eu me arrependo e começo a achar tudo um saco. Mas com Wicked foi diferente. Comecei achando chatinho, e de repente foi pega de surpresa assistindo mega atenta e vibrando com a história, que é maravilhosa e remete a infância. Sobre as bruxas do Mágico de Oz, a peça faz uma leitura totalmente diferente e mostra um novo ponto de vista da histórinha de Dorot e seu fiel cachorro Toto. Em Wicked a bruxa má é na verdade boa, e por um golpe de poder pintam ela de vilã, afinal ela já é feia, verde e extremamente talentosa na magia. A história começa com as bruxas jovens e amigas, antes dos acontecimentos do filme, e termina com a morte da Wicked Wich of the West. Chorei no final, confesso.
Depois fomos jantar num restaurante maravilhoso Balthazar, e nos esbaldamos nas mil comidinhas e vinhos.
Hoje não sei, to em casa de preguicinha com a chuva...
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Um dia no suburbio
Ontem tinha o Carnival no Brooklyn, combinei com a Elisa de nos encontrarmos na plataforma do metro aqui perto. Levei um bolo... esperei 40 minutos e nada. Resolvi então ir fazer outra coisa. Encontrei a Marília na brodway e de lá parti para encontrar Tulis em Astória, suburbio nova iorquino. Peguei um metro e demorei facilmente uns 35minutos pra chegar. Astória é um suburbio bonitinho, mas bem cara de suburbio, com aquelas casas típicas de suburbio de nyc com escada na frente e janela arredondada. Almoçamos num restaurante bacana regado a vinho, depois cerveja no bar dos Croatas (tem muito croata por lá, aliás tem muito imigrante por lá e por toda ny), e depois um outro bar. Tulis puxou ao pai na arte de beber e de embebedar os coleguinhas, e eu, assim como meu pai, deixo eles me embebedarem muito feliz. rs Dia pacato mas muito divertido.
Hoje chove... tá friozinho... e a noite verei Wicked!
Hoje chove... tá friozinho... e a noite verei Wicked!
domingo, 4 de setembro de 2011
Aventuras no Brooklyn
Acordei hoje com uma pequena ressaca depois de uma noite de vinho, conversa e volta de moto pela cidade. O plano do dia era atravessar a ponte do Brooklyn. Fomos andando até lá, e no caminho passamos pelo Gound Zero. Sensação bem estranha. Um misto de tristeza e aflição. Continuamos andando, e andando, e andando, e andando, atravessamos a ponte. Linda. Almoçamos e eu Elisa e João decidimos continuar nossa incursão pelo Brooklyn enquanto os véios exaustos voltavam pra casa.
Fomos passear no Prospect Park. Um lindo parque, enoooorme, e muito mais vazio que o Central Park. Caminhamos o parque inteiro e seguimos o som de um batuque que ouvimos ao longe. Achamos o batuque, uma galera tocando percursão e umas meninas dançando, nos identificamos no ato e paramos lá. Dançamos e fizemos amigos. - Vamos voltar? Olha o mapa, acha o metro mais perto. - No final dessa rua. E seguimos a rua, e de repente nos vimos num pedaço escuro com uns caras yo man super discutindo mother fucker, e - Opa! a parada ficou esquisita! Apertamos o passo, ufa! Local movimentado. Percebemos que éramos os únicos brancos perambulando por aquelas e ruas. Achamos o metro e pegamos para retornar a Manhatan. O cara sentado na nossa frente levantou e o casal ao meu lado chamou ele pra avisar que ele estava esquecendo a bolsa. - No, that's not mine. Eu Elisa e João nos entreolhamos. Silêncio. - Ai gente, to com medo de ter uma bomba nessa bolsa. - É to achando essa parada meio estranha. - Vamos mudar de vagão. E mudamos de vagão. Então João vira e fala: - Cara, se tiver uma bomba naquela bolsa vai explodir quando entramos em baixo d'água, se a gente tá com medo não é melhor trocar de trem logo? - Ai, João, agora vamos ter que trocar de trem. E lá fomos nós contaminados pela paranóia americana trocar de trem. Chegamos todos, nós e o trem anterior, inteiros em seus destinos. Risos e mais risos.
Agora a noite mais jazz! Amanhã Carnival caribenho no Brooklyn com a galera do batuque de hoje.
Fomos passear no Prospect Park. Um lindo parque, enoooorme, e muito mais vazio que o Central Park. Caminhamos o parque inteiro e seguimos o som de um batuque que ouvimos ao longe. Achamos o batuque, uma galera tocando percursão e umas meninas dançando, nos identificamos no ato e paramos lá. Dançamos e fizemos amigos. - Vamos voltar? Olha o mapa, acha o metro mais perto. - No final dessa rua. E seguimos a rua, e de repente nos vimos num pedaço escuro com uns caras yo man super discutindo mother fucker, e - Opa! a parada ficou esquisita! Apertamos o passo, ufa! Local movimentado. Percebemos que éramos os únicos brancos perambulando por aquelas e ruas. Achamos o metro e pegamos para retornar a Manhatan. O cara sentado na nossa frente levantou e o casal ao meu lado chamou ele pra avisar que ele estava esquecendo a bolsa. - No, that's not mine. Eu Elisa e João nos entreolhamos. Silêncio. - Ai gente, to com medo de ter uma bomba nessa bolsa. - É to achando essa parada meio estranha. - Vamos mudar de vagão. E mudamos de vagão. Então João vira e fala: - Cara, se tiver uma bomba naquela bolsa vai explodir quando entramos em baixo d'água, se a gente tá com medo não é melhor trocar de trem logo? - Ai, João, agora vamos ter que trocar de trem. E lá fomos nós contaminados pela paranóia americana trocar de trem. Chegamos todos, nós e o trem anterior, inteiros em seus destinos. Risos e mais risos.
Agora a noite mais jazz! Amanhã Carnival caribenho no Brooklyn com a galera do batuque de hoje.
sábado, 3 de setembro de 2011
the wedding!
Passei o dia inteiro andando, pensei novamente que não iria aguentar a noite animada que me esperava. Nos arrumamos todos, mulheres de maquiagem salto vestido chique, homens de terno, e seguimos para Tribeca rooftop. Me prometi que não choraria. Mas quando ela entrou... As lágrimas se soltaram sozinhas, sem esforço algum. Somewhere over the rainbow... Juju estava a noiva mais linda do mundo. E eu, amiga prima coruja, me debulhei em lágrimas. Cerimônia em 3 linguas, eu não entendi nem 1/3 do que foi dito porque estava sentada no fundo e não ouvia porra nenhuma que ninguém falava.
Acabou a cerimônia, fomos pro outro lado do roof top para o coquetel. Gim and tonic please! One more please! Jantar. Noivos dançando lindamente. Discurso dos padrinhos. Discurso das madrinhas. Gim and tonic please! Pista de dança. Dança. Dança. Dança. Sorrisos. Amigos antigos. Família. Dança. Salto dança e gim and tonic não combinam muito, mas consegui me manter em pé até quase o fim da festa, mas tive que me render a havaiana num dado momento.
3h fomos expulsos, a festa acabou. - E ai, o que vamos fazer? - Baratta me falou de uma festa numa Barber Shop. - Barber shop????
E lá fomos nós os remanescentes em 2 taxis para a tal festa num lugar um tanto quanto peculiar: uma barber shop (sim, barbeiro!!!) Entramos lá, passamos pela parte barber shop, que de dia funciona normalmente cortando cabelos e barbas de rapazes, e no fundo abre uma porta e tem um belíssimo bar/boate. No taxi eu recoloquei o salto porque achei que deveria manter a pose na barber shop, e então um querido amigo teve a brilhante idéia de guardar minhas havaianas no galho de uma árvore. Entramos, dançamos, bebemos por exatos 30minutos. As 4am acenderam-se as luzes e nos expulsaram. Saí de lá e pra minha surpresa minhas havaianas continuavam na árvore. Peguei e recoloquei-as.
Por incrível que pareça nada em NYC fica aberto depois de 4am, então enjuriados e sem poder beber na rua voltamos todos para casa.
Dormi exatas 3h e fui para o brunch, onde todos se encontravam pela metade, a outra metade havia se perdido em algum lugar na noite anterior. E agora eu sou um zumbi humano, mas como só se tem 28 anos em nyc 1 vez na vida vou tomar um banho, recolocar a make e ir para um jazz com os amigos!
João, eu, Elisa e João |
3h fomos expulsos, a festa acabou. - E ai, o que vamos fazer? - Baratta me falou de uma festa numa Barber Shop. - Barber shop????
E lá fomos nós os remanescentes em 2 taxis para a tal festa num lugar um tanto quanto peculiar: uma barber shop (sim, barbeiro!!!) Entramos lá, passamos pela parte barber shop, que de dia funciona normalmente cortando cabelos e barbas de rapazes, e no fundo abre uma porta e tem um belíssimo bar/boate. No taxi eu recoloquei o salto porque achei que deveria manter a pose na barber shop, e então um querido amigo teve a brilhante idéia de guardar minhas havaianas no galho de uma árvore. Entramos, dançamos, bebemos por exatos 30minutos. As 4am acenderam-se as luzes e nos expulsaram. Saí de lá e pra minha surpresa minhas havaianas continuavam na árvore. Peguei e recoloquei-as.
Por incrível que pareça nada em NYC fica aberto depois de 4am, então enjuriados e sem poder beber na rua voltamos todos para casa.
Dormi exatas 3h e fui para o brunch, onde todos se encontravam pela metade, a outra metade havia se perdido em algum lugar na noite anterior. E agora eu sou um zumbi humano, mas como só se tem 28 anos em nyc 1 vez na vida vou tomar um banho, recolocar a make e ir para um jazz com os amigos!
E em 1 dia eu me apaixonei por NYC!
Segundo dia de viagem fui com Elisa e João caminhar pelo Hudson River, e acabamos andando até o High Line, e atravessamos ele inteiro. High Line é uma antiga linha de trem que foi desativada há muitos anos e então construíram um parque em cima. É lindíssimo! E enoooorme....
A noite fui com eles no Blue Note. Estava caindo de sono e pensei que ia apagar na mesa e pagar um micão jazzistico. Mas quando a primeira banda entrou perdi completamente o sono. Alfredo Rodrígues Trio, um trio cubano do pianísta mega jovem e surreal de bom. Em seguida McCoy Tyner Trio w/ Gary Bartz, mais acordada ainda! Noite de jazz perfeita, iria todo o dia lá e seria muito feliz. Entrei na noite novaiorquina com o pé direito!
Ontem foi o dia do casamento. E dia de mudança! Arrumei tudo e me mudei para a casa do Baratta em Tribeca, num prédio super chic. Apartamento tipo studio, mas grande e mega charmoso. Depois de abandonar as coisas em casa fui caminhar e encontrar o João que estava relativamente perto. Andei feliz e sem mapa! Claro que consultei o google maps antes (Oh my google!), mas só uma consulta rápida e pronto. Saí me sentindo totalmente local! Encontrei ele e andamos pelo Soho. Caminhamos caminhamos caminhamos. E caminhando fui para o apartamento da family me emperequetar para o casório.
Casamento no roof top com uma vista surreal! Tipicamente americano, o casamento foi um espetáculo a parte que acho que merece um post próprio incluíndo a balada surreal que fomos em seguida e o brunch para o qual estou atrasadíssima! hahahahahhahah
Segundo dia de viagem fui com Elisa e João caminhar pelo Hudson River, e acabamos andando até o High Line, e atravessamos ele inteiro. High Line é uma antiga linha de trem que foi desativada há muitos anos e então construíram um parque em cima. É lindíssimo! E enoooorme....
A noite fui com eles no Blue Note. Estava caindo de sono e pensei que ia apagar na mesa e pagar um micão jazzistico. Mas quando a primeira banda entrou perdi completamente o sono. Alfredo Rodrígues Trio, um trio cubano do pianísta mega jovem e surreal de bom. Em seguida McCoy Tyner Trio w/ Gary Bartz, mais acordada ainda! Noite de jazz perfeita, iria todo o dia lá e seria muito feliz. Entrei na noite novaiorquina com o pé direito!
Ontem foi o dia do casamento. E dia de mudança! Arrumei tudo e me mudei para a casa do Baratta em Tribeca, num prédio super chic. Apartamento tipo studio, mas grande e mega charmoso. Depois de abandonar as coisas em casa fui caminhar e encontrar o João que estava relativamente perto. Andei feliz e sem mapa! Claro que consultei o google maps antes (Oh my google!), mas só uma consulta rápida e pronto. Saí me sentindo totalmente local! Encontrei ele e andamos pelo Soho. Caminhamos caminhamos caminhamos. E caminhando fui para o apartamento da family me emperequetar para o casório.
Casamento no roof top com uma vista surreal! Tipicamente americano, o casamento foi um espetáculo a parte que acho que merece um post próprio incluíndo a balada surreal que fomos em seguida e o brunch para o qual estou atrasadíssima! hahahahahhahah
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Depois de furacão, vôo cancelado e ida ao aeroporto de mala cuia sem sucesso, uma parada de horas em Atlanta, chego em New York City dia 31 de agosto de 2011.
Num vôo mais que tranquilo, em que pensei por muitos momentos que tinha perdido o medo mas logo depois lembrava que tinha tomado 2 rivotrils, sem turbulência e com direito a sono pesado que levei até um susto quando o avião pousou.
Agora a paranóia americana começa já no Rio de Janeiro com as perguntas surreais dos moços da companhia aerea. "Boa tarde senhora, algumas perguntas de segurança sobre sua bagagem" - disse o rapaz check in com um sorriso maroto meio envergonhado de ser obrigado a fazer tais perguntas - "quem arrumou sua mala?" Um sorriso meu do tipo, dã eu! - "Depois de lacrada onde ficou sua mala" - Mais um sorriso meu, dessa vez meio que achando muita graça mesmo - "Na minha casa..." - "Está levando pertences de outras pessoas?" - "Não." O rapaz aumentava o sorriso conforme meu sorriso ia aumentando e quase gargalhando.
Embarque liberado. Entrando no avião tudo de novo: -"Deixou sua bagagem de mão com alguém enquanto esperava para embarcar?" - "Comprou alguma coisa ou aceitou algo de algum desconhecido" - "Claro, meu filho, como não? Aceitei um monte de explosivo que guardei aqui na minha mala!"
Vôo tranquilo. Bibi em slow motion e achando tudo uma graça por causa do rivotril (ô remedinho bom), mas tentando ver o próprio mérito já que dessa vez não chorou no dia anterior a viagem hahahahah. Sim, acho que estou me acostumando!
Chegando em Atlanta, eles mandam você retirar sua bagagem, para entrar numa sala e recolocar ela numa esteira que junta todas as bagagens de novo e você pensa: "como eles vão fazer pra separar tudo em seu devido vôo? ai ai... lá vou eu ficar sem mala de novo!" E ai volta a paranóia americana: coloca a bolsa na esteira, tira o laptop, tira a camera, tira o casaco, tira o sapato, agora entra naquele tudo, pés na marcação no chão, mãos pro alto, scanneia meu corpo (acho que o cara me viu peladona, mas fazer o que?).
Volto pra sala de embarque. Dormi na cadeira. Comi muffing no Starbucks e cheeseburguer no BurguerKing, afinal estava trancada numa sala de embarque quis honrar a cultura gorda americana. Peguei um avião micro micro micro com uns 60 passageiros no máximo que eles só não vendem a água porque é muita cara de pau.
Salto finalmente muito feliz da vida em NYC me sentindo muito corajosa de ter enfrentado o último vôo sem nem um rivotrilzinho. Pego minha mala (sim! milagrosamente ela chegou!!!!) e pego um taxi.
Ai o bicho pegou. Eu brasileira, falo muito bem inglês modestia parte, mas o fulano taxista era algo do tipo árabe ou indiano. O cara não só não sabia falar como não entendia porra nenhuma do que eu falava, e convenhamos e Morton Street e Hudson Street, não tem nenhum mistério. Depois de conseguir me fazer entender chegamos ao destino final. Paguei o taxi e levei um mega esculacho porque não dei gorjeta, e tentei dar então os trocados em moeda que eu tinha e o cara quase jogou elas de volta em cima de mim e ainda disse: i am not begging, you need this more than me, you are poor. E me largou no meio da rua de mala e cuia! Fiquei abalada, mas passou. Tentei explicar pra ele que no Brasil não damos tips pra taxistas, arredondamos pra cima e pronto, mas ele não entendeu e me deu muita bronca.
Cheguei em casa, lindinha, fui flanar pelas redondezas. A noite jantei num japonês ocm a Dri e Emilie na 74st. E tá bom pro primeiro dia. To mega cansada sonolenta e amanhã passarei o dia esperando opovo chegar aqui no apartamento. Cada um vindo de um canto, num vôo e horário diferentes.
Num vôo mais que tranquilo, em que pensei por muitos momentos que tinha perdido o medo mas logo depois lembrava que tinha tomado 2 rivotrils, sem turbulência e com direito a sono pesado que levei até um susto quando o avião pousou.
Agora a paranóia americana começa já no Rio de Janeiro com as perguntas surreais dos moços da companhia aerea. "Boa tarde senhora, algumas perguntas de segurança sobre sua bagagem" - disse o rapaz check in com um sorriso maroto meio envergonhado de ser obrigado a fazer tais perguntas - "quem arrumou sua mala?" Um sorriso meu do tipo, dã eu! - "Depois de lacrada onde ficou sua mala" - Mais um sorriso meu, dessa vez meio que achando muita graça mesmo - "Na minha casa..." - "Está levando pertences de outras pessoas?" - "Não." O rapaz aumentava o sorriso conforme meu sorriso ia aumentando e quase gargalhando.
Embarque liberado. Entrando no avião tudo de novo: -"Deixou sua bagagem de mão com alguém enquanto esperava para embarcar?" - "Comprou alguma coisa ou aceitou algo de algum desconhecido" - "Claro, meu filho, como não? Aceitei um monte de explosivo que guardei aqui na minha mala!"
Vôo tranquilo. Bibi em slow motion e achando tudo uma graça por causa do rivotril (ô remedinho bom), mas tentando ver o próprio mérito já que dessa vez não chorou no dia anterior a viagem hahahahah. Sim, acho que estou me acostumando!
Chegando em Atlanta, eles mandam você retirar sua bagagem, para entrar numa sala e recolocar ela numa esteira que junta todas as bagagens de novo e você pensa: "como eles vão fazer pra separar tudo em seu devido vôo? ai ai... lá vou eu ficar sem mala de novo!" E ai volta a paranóia americana: coloca a bolsa na esteira, tira o laptop, tira a camera, tira o casaco, tira o sapato, agora entra naquele tudo, pés na marcação no chão, mãos pro alto, scanneia meu corpo (acho que o cara me viu peladona, mas fazer o que?).
Volto pra sala de embarque. Dormi na cadeira. Comi muffing no Starbucks e cheeseburguer no BurguerKing, afinal estava trancada numa sala de embarque quis honrar a cultura gorda americana. Peguei um avião micro micro micro com uns 60 passageiros no máximo que eles só não vendem a água porque é muita cara de pau.
Salto finalmente muito feliz da vida em NYC me sentindo muito corajosa de ter enfrentado o último vôo sem nem um rivotrilzinho. Pego minha mala (sim! milagrosamente ela chegou!!!!) e pego um taxi.
Ai o bicho pegou. Eu brasileira, falo muito bem inglês modestia parte, mas o fulano taxista era algo do tipo árabe ou indiano. O cara não só não sabia falar como não entendia porra nenhuma do que eu falava, e convenhamos e Morton Street e Hudson Street, não tem nenhum mistério. Depois de conseguir me fazer entender chegamos ao destino final. Paguei o taxi e levei um mega esculacho porque não dei gorjeta, e tentei dar então os trocados em moeda que eu tinha e o cara quase jogou elas de volta em cima de mim e ainda disse: i am not begging, you need this more than me, you are poor. E me largou no meio da rua de mala e cuia! Fiquei abalada, mas passou. Tentei explicar pra ele que no Brasil não damos tips pra taxistas, arredondamos pra cima e pronto, mas ele não entendeu e me deu muita bronca.
Cheguei em casa, lindinha, fui flanar pelas redondezas. A noite jantei num japonês ocm a Dri e Emilie na 74st. E tá bom pro primeiro dia. To mega cansada sonolenta e amanhã passarei o dia esperando opovo chegar aqui no apartamento. Cada um vindo de um canto, num vôo e horário diferentes.
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