quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Depois de furacão, vôo cancelado e ida ao aeroporto de mala cuia sem sucesso, uma parada de horas em Atlanta, chego em New York City dia 31 de agosto de 2011.
Num vôo mais que tranquilo, em que pensei por muitos momentos que tinha perdido o medo mas logo depois lembrava que tinha tomado 2 rivotrils, sem turbulência e com direito a sono pesado que levei até um susto quando o avião pousou.
Agora a paranóia americana começa já no Rio de Janeiro com as perguntas surreais dos moços da companhia aerea. "Boa tarde senhora, algumas perguntas de segurança sobre sua bagagem" - disse o rapaz check in com um sorriso maroto meio envergonhado de ser obrigado a fazer tais perguntas - "quem arrumou sua mala?" Um sorriso meu do tipo, dã eu! - "Depois de lacrada onde ficou sua mala" - Mais um sorriso meu, dessa vez meio que achando muita graça mesmo - "Na minha casa..." - "Está levando pertences de outras pessoas?" - "Não." O rapaz aumentava o sorriso conforme meu sorriso ia aumentando e quase gargalhando.
Embarque liberado. Entrando no avião tudo de novo: -"Deixou sua bagagem de mão com alguém enquanto esperava para embarcar?" - "Comprou alguma coisa ou aceitou algo de algum desconhecido" - "Claro, meu filho, como não? Aceitei um monte de explosivo que guardei aqui na minha mala!"

Vôo tranquilo. Bibi em slow motion e achando tudo uma graça por causa do rivotril (ô remedinho bom), mas tentando ver o próprio mérito já que dessa vez não chorou no dia anterior a viagem hahahahah. Sim, acho que estou me acostumando!

Chegando em Atlanta, eles mandam você retirar sua bagagem, para entrar numa sala e recolocar ela numa esteira que junta todas as bagagens de novo e você pensa: "como eles vão fazer pra separar tudo em seu devido vôo? ai ai... lá vou eu ficar sem mala de novo!" E ai volta a paranóia americana: coloca a bolsa na esteira, tira o laptop, tira a camera, tira o casaco, tira o sapato, agora entra naquele tudo, pés na marcação no chão, mãos pro alto, scanneia meu corpo (acho que o cara me viu peladona, mas fazer o que?).

Volto pra sala de embarque. Dormi na cadeira. Comi muffing no Starbucks e cheeseburguer no BurguerKing, afinal estava trancada numa sala de embarque quis honrar a cultura gorda americana. Peguei um avião micro micro micro com uns 60 passageiros no máximo que eles só não vendem a água porque é muita cara de pau.

Salto finalmente muito feliz da vida em NYC me sentindo muito corajosa de ter enfrentado o último vôo sem nem um rivotrilzinho. Pego minha mala (sim! milagrosamente ela chegou!!!!) e pego um taxi.
Ai o bicho pegou. Eu brasileira, falo muito bem inglês modestia parte, mas o fulano taxista era algo do tipo árabe ou indiano. O cara não só não sabia falar como não entendia porra nenhuma do que eu falava, e convenhamos e Morton Street e Hudson Street, não tem nenhum mistério. Depois de conseguir me fazer entender chegamos ao destino final. Paguei o taxi e levei um mega esculacho porque não dei gorjeta, e tentei dar então os trocados em moeda que eu tinha e o cara quase jogou elas de volta em cima de mim e ainda disse: i am not begging, you need this more than me, you are poor. E me largou no meio da rua de mala e cuia! Fiquei abalada, mas passou. Tentei explicar pra ele que no Brasil não damos tips pra taxistas, arredondamos pra cima e pronto, mas ele não entendeu e me deu muita bronca.

Cheguei em casa, lindinha, fui flanar pelas redondezas. A noite jantei num japonês ocm a Dri e Emilie na 74st. E tá bom pro primeiro dia. To mega cansada sonolenta e amanhã passarei o dia esperando opovo chegar aqui no apartamento. Cada um vindo de um canto, num vôo e horário diferentes.