Chegou a chuva em NYC. E não é nada divertido. Tudo bem, quando estamos visitando algum lugar a gente sempre tira proveito de todas as mais peculiares e chatas situações, então passei o dia rindo de tudo.
Combinei novamente de encontrar Elisa e João na porta do Metropolitan. Nada melhor que se enfurnar num museu num dia de chuva. Saí de casa e chovia muito forte. Sem guarda-chuva, mas aqui as farmácias são coisas faraônicas que vendem de tudo tudo tudo e é uma tentação horrorosa pra quem tem uma queda por farmácias e quer comprar tudo que vê pela frente, e lá eles tem guarda-chuva, então adquiri um, e só, me segurei para não comprar mais nada. Segui com meu lindo vermelho guarda-chuva que não adiantava muito porque venta pra cacete e fui ficando encharcada do mesmo jeito. Andei umas 5 quadras, peguei o metro, subi uptown por milhões de minutos, saltei na estação mais próxima ao Met, andei na chuva me molhando mais um pouco, cheguei no museu e... nada de encontrar o casal. Dessa vez decidi esperar só um pouco, afinal nosso histórico de encontros não estava dos melhores. Entrei no museu e puta que pariu! Que lindo! Que grande! que incrível!!!! Mas a fome não me permitiu explorar como queria as arts of africa, oceania, and the americas, egyptian art, greek and roman arts, medieval arts, modern and contemporary ats, drawing and prints, european paintings, e por aí vai. Dei uma volta rápida de umas 2hs e quase desfaleci no meio do império romano. Como lá você paga o quanto quiser para entrar, paguei apenas 1 dollar e voltarei por mais 1 dollar outro dia muito bem alimentada. Quando eu tava quase desmaiando vi uma das coisas que mais esperava ver em nyc: Edward Hopper. Lágrimas nos olhos.
Saí do Met e fui andando até o metro. Paro no sinal da 77st com Madison av e vem andando em minha direção um homem do qual o rosto não me era desconhecido. Ops... David Duchovny! Detective Mulder passa por mim com jaqueta empermeável, mão no bolso, guarda-chuva, e sem nenhuma atitude suspeita, mas achei melhor olhar bem em volta para ver se não tinha nenhum ser estranho, alien ou algo que o valha por ali.
Cheguei encharcada na casa das minhas tias. Fui obrigada a secar minhas meias com secador de cabelo porque senão viraria um picolé. Tá frio. Tá molhado. E nyc faz poças como ninguém!
Devidamente seca, pelo menos o suficiente pra não virar congelar de frio, segui para ver Wicked. Musical nunca foi muito a minha praia, mas não desgosto não. Invariavelmente no meio do teatro eu me arrependo e começo a achar tudo um saco. Mas com Wicked foi diferente. Comecei achando chatinho, e de repente foi pega de surpresa assistindo mega atenta e vibrando com a história, que é maravilhosa e remete a infância. Sobre as bruxas do Mágico de Oz, a peça faz uma leitura totalmente diferente e mostra um novo ponto de vista da histórinha de Dorot e seu fiel cachorro Toto. Em Wicked a bruxa má é na verdade boa, e por um golpe de poder pintam ela de vilã, afinal ela já é feia, verde e extremamente talentosa na magia. A história começa com as bruxas jovens e amigas, antes dos acontecimentos do filme, e termina com a morte da Wicked Wich of the West. Chorei no final, confesso.
Depois fomos jantar num restaurante maravilhoso Balthazar, e nos esbaldamos nas mil comidinhas e vinhos.
Hoje não sei, to em casa de preguicinha com a chuva...
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