sábado, 24 de setembro de 2011

Outro dia estava andando no Times Square e no meio daquele monte de luz e atrativos visuais um pequeno grupo de pessoas me chamou muito a atenção. Chamar atenção no Times Square é tarefa árdua com tanta coisa acontecendo, painéis luminosos, vídeos gigantescos, anúncios, lojas faraônicas, luzes e mais luzes e mais luzes que parece estar sempre de dia, mesmo na calada da noite, fora os sons e músicas.
Esse pequeno grupo gritava algo que a princípio não consegui entender. Me aproximei. Eles tinham placas e cartazes, manifestavam contra algo. Parei e ouvi atentamente o que diziam, li os cartazes e sutilmente tirei uma foto, pois aquilo me interessou bastante. Nos cartazes a foto de um homem negro, e dizeres contra sua execução. E gritavam "we are Troy Davis" com muito engajamento.
Cheguei em casa e fui direto para o computador saber mais sobre esse homem. Troy Davis estava no corredor da morte. Condenado injustamente em 1991 pelo assassinato de um jovem policial em 1989, Davis foi mandado para o corredor da morte sem provas concretas. Sua culpa é duvidosa e por isso conseguiu apelar 3x e retardar sua morte por injeção letal. Muitos americanos protestaram contra sua injusta condenação. Dia 21, às 7pm, ele deveria ser executado, mas conseguiram que revissem seu processo. De nada adiantou, não perdoaram ele e nem se tocaram o quanto não concretas são as provas de sua culpa. Inclusive testemunhas mudaram seus depoimentos a favor de Davis dizendo que na época foram coagidas pela polícia para dizer que ele era o culpado. Davis foi executado às 11pm do dia 21 de setembro, sem nunca ter consigo provar sua inocência e nem sua culpa.
Uma das coisas mais nojentas da cultura americana é a pena de morte. Fiquei abalada com a história e revoltada contra essa lei escrota e idiota de matar seres humanos a torto e a direito! E o pior é pensar quantos Troy Davis não foram executados injustamente.
Me lembro do livro/filme "How To Kill a Mockingbird" (O Sol Nasce para Todos), em que um negro é condenado injustamente por um estupro e agressão que ele não poderia ter cometido pois é deficiente e não mexe um dos braços. Ele revoltado com a condenação acaba morto tentando fugir da polícia. Um dos meus filmes e livros favoritos. Talvez por isso tenha ficado tão tocada com a história de Troy Davis, ou simplesmente porque sou um ser humano e tenho coração e sou totalmente contra a pena de morte e a favor da pena de vida!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Essa semana começou um pouco difícil com uma tpm que me pegou de jeito.
Segunda fui ao Moma pois minha outra visita não tinha sido completa, e mesmo completa aquele lugar é tão incrível que é necessário voltar. Voltei e a retrospectiva do Kooning inaugurou. Belíssima! Pude ver dessa vez o acervo de lá também que é sensacional, e acho que merece uma terceira volta lá, afinal Moma se tornou meu grande amor!
Terça, já meio mal da tpm, fui a Frick Colection, um museu pequeno, mais careta mas com belas obras, numa casa espetacular. Só a casa já vale a visita! Não só quadros e esculturas fazem parte da coleção, como móveis originais e porcelanas originais do século XVIII. Com uma dor horrorsa na lombar e nas costas, após esse pequeno passeio fui obrigada voltar para casa. A noite saí para jantar com amigas num japonês aqui. Os restaurantes japoneses aqui são bem diferentes do Brasil, e tem um cardápio de difícil entendimento. Mas com a ajuda de uma amiga que mora aqui há um tempo conseguimos order com sucesso e comemos deliciosos sushis sashimis e rolls. Os tamanhos são um pouco desproporcionais, é quase impossível enfiar de uma só vez um sushi ou roll, eles não cabem na boca e você tem que fazer seu hashi de garfo e faca e partir o sushi e assim conseguir comê-lo.
Quarta não fiz nada. Piorei substancialmente e decidi ir no máximo na farmácia na esquina. Com muita cólica, dor nas costas, enjôo e um cansaço sem precedentes, me dei um dia de folga e me enfiei de baixo dos cobertores e passei o dia vendo meus queridos e amados seriados que estão voltando de férias.
Hoje estou pouco, mas bem pouco, melhor, tentarei sair, passear e quem sabe arrumar algum trabalho! Vamos a luta que faltam apenas 2 semanas para o meu deadline e para a decisão de ficar ou não. Oh god!

domingo, 18 de setembro de 2011

Essa semana começou um novo momento da viagem. A família e todos os que vieram para o casamento voltaram para o Rio. Agora, de visitante, sobrou só eu. Tenho muitos amigos morando aqui, mas é completamente diferente. De dia eles estudam, trabalham ou tem suas tarefas diárias. A noite nem sempre podem sair. Na parte do dia não me incomoda nem um pouco, saio sozinha desbravando a cidade solitariamente, assim como foi em Paris, e foi lindo. Saio as vezes sem rumo, só caminhando, decido o que quero e o que não quero fazer. Só na hora de almoçar sozinha que me incomoda um pouco, então levo um bom livro. Nessa viagem trouxe Borges, já que minha última viagem foi para Argentina, e lá me toquei que nunca havia lido Borges, e logo eu que sou completamente apaixonada pela Argentina e sua cultura. Então decidi que devia ler um dos maiores, senão o maior, escritor Argentino.
A noite tem sempre alguém para fazer alguma coisa, nem que seja ir comer algo na casa deles, o que confesso é um dos meus programas favoritos.

Essa semana fui no Guggenheim. Gostei muito da exposição que tinha, Lee Ufan, e da exposição permanente. Só que ela coisa de ir subindo uma rampa circular pra ver a exposição dá uma puta tonteira.
Fui também no Whitney. A expo de lá era Lyonel Feininger, não conhecia o trabalho dele e achei muito bom. E acervo de lá é incrível!!! Vi ao vivo o quadro do Hopper que tinha na sala da minha casa quando eu era criança, e me deu uma sensação tão boa. Sempre fui apaixonada por aquele quadro, desde pequena, e depois de alguns acontecimentos da vida me apeguei a ele ainda mais. Talvez porque nem meu pai nem minha mãe saibam onde esse quadro foi parar, e então ele ficou congelado lá naquela sala, naquela casa, naquele tempo, e depois tudo mudou.

Fui também no Museu de História Natural. Adoro aquilo lá! hahahahhaha Ver os dinossauros, a evolução humana, as constelações, os meteóros, os animais pré-históricos. Me sinto na escola de novo. hahahahhahahah
Voltei ao Metropolitan. Dessa vez devidamente alimentada e com muitas horas livres. Fiquei umas 4hs lá dentro desbravando minuciosamente o Império Romano, a Grécia antiga, o Egito antigo, e Africa, Oceania, e mais um continente a sua escolha. Andei tudo aquilo com muita atenção, e para minha alegria o museu não estava nada cheio e pude, então, passear calma e tranquilamente.

Ontem fui no Dia: Beacon, um museu numa antiga fábrica da Nabisco, enorme e com uma iluminação natural incrível. Passei a tarde lá. Ele fica há 1h e pouco de trem, numa viagem muito bonita costeando o rio Hudson. O museu em si já é lindo. Tem um sistema de iluminação natural, que pelo que entendi é original da fábrica, maravilhoso, então ele é todo iluminado pela luz do dia. As obras são muitas boas, e em sua maioria muito grande, e lindas. Tudo lá é muito interessante. Arrumei mais uma paixão!


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Em Nyc muitas coisas são caóticas, mas o trânsito é algo surreal. Chegamos aqui achando que, como na Europa, as pessoas são civilizadas no trânsito e respeitam sinais e etc. Mas não, é tudo uma puta zona, ninguém respeita porra nenhuma. O sinal fecha para pedreste e se você não se jogar os carros não param, e mesmo se jogando eles param muito perto de você e assim q você sai da frente do carro eles aceleram. Correm bastante, não diminuem quando vêem pedestre atravessando, os carros se fecham o tempo todo, motoristas se xingam, fecham cruzamentos. Fora o engarrafamento.... E eu pensando que morava na cidade onde as pessoas eram mais escrotas no trânsito, consegui achar algo muito pior.
E se comunicar com taxista é missão quase impossível. Eles são em sua maioria imigrantes e mal falam inglês. Você tem que dizer o nome da rua um milhão de vezes até eles entenderem. Além disso eles param no meio da rua quando você faz sinal e te deixam aonde eles querem. Isso quando você consegue arrumar um taxi... Ô cidadezinha ruim pra arrumar um taxi! Não é que não passa taxi, é que estão todos lotados. E os que passam vazios ou não querem parar ou então só te levam pro lado que eles estão indo, se o mesmo lado que o seu sorte, senão azar o seu, fica ai na rua esperando mais. As pessoas aqui andam na rua com a mão levantada quando querem um taxi, é engraçado isso. Outro dia saí de casa depois de meia noite e tive que ir andando umas 20 quadras porque não arrumei taxi. Foi tranquilo, as ruas estavam lotadas de carro e gente, e o meu medo inicial de carioca mal acostumada logo passou.




sábado, 10 de setembro de 2011

Ontem fui almoçar com o povo que ia voltar pro Rio. Engraçado ver todo mundo ir embora e eu ir ficando... boa sensação! Depois fui passear um pouco no Central Park, mas de repente me deu uma vontade absurda de ir na Schwartz, então carreguei Elisa lá comigo. Sonho de qualquer criança, e adulto diga-se de passagem, nós piramos lá dentro! Mil brinquedos de todos os tipos, cores, formatos. Dá vontade de ser criança de novo, mas como não é possível dá então vontade de levar um brinquedo pra brincar mesmo adulto. Tem algumas coisas meio freak show como uma mesa gigantesca de totó (ou pebolim para os paulistas) da barbie, onde os jogadores são barbies, e custa muitos mils dólares; e também um berçario de bonecas que no vidro tem escrito "adopt a newborn". Bizarrices a parte, nos perdemos naquela loja e quase nos atrasamos para o Cirque du Soleil.
Eu nunca fui fã de circo, nem quando era criança. Na verdade sempre tive pavor de circo, sempre achei decadente e triste, uma coisa horrorosa que me enchia de angustia. Mas decidi enfrentar o Cirque du Soleil e tirar aquela impressão ruim da infância. Bom... não tirou muito. O teatro era surrealmente enooooorme, quase um maracanã. O cenário era lindíssimo, mudava toda hora, a luz era maravilhosa, tinham várias projeções foda, e os artistas, bem... os artistas eram artistas de circo, excelentes artistas de circo, mas de circo. A música era a coisa mais cafona do mundo. Em alguns momentos era impressionante, em outros chatos, em outros não era nada. Mas o cenário luz e projeções sempre chamavam atenção. Definitivamente circo não é lugar pra mim, sendo ele decadente ou todo modernoso como o Cirque du Soleil.
Depois a noite continou com meu querido amigo Baratta. Fomos pro Lower East, pedaço da cidade que tem vários bares legais. Fomos num bar, que não lembro o nome, em que se entrava por uma portinha com cara de fundo de prédio, passava por um corredor, subia 5 degraus e tinha uma portinha que era o bar. É um bar da época da lei seca nos estados unidos, e servem cerveja em grandes xícaras e drinks em xícaras de chá, como faziam da tal época para fingir que eram uma casa de chá caso a polícia batesse. Lindo bar, boa bebida, bonitas pessoas.


Hoje saí para encontrar Marília. A cidade está ficando estranha com a chegada das solenidades do 11 de setembro. Muitas sirenes, muita polícia pra lá e pra cá, muito caminhão de bombeiro passando correndo, muitas ambulâncias. A cidade está emolvorosa. Além disso ontem a noite começou o Fashion Week, a Times Square e 5th Avenue estavam impossíveis! Mil lojas abertas a noite toda, mais luz que o normal, mais gente que o normal, música nas vitrines, uma loucura!
Fizemos shopping, tudo lotado, lojas imeeensas que você se perde lá dentro. A noite fui encontrar João primo numa boate, depois fomos pra outra e a noite seguiu muito divertida!!!


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Moma 1

Estou oficialmente e perdidamente apaixonada pelo Moma. Achei meu lugar no mundo, e é lá dentro! Fui pra lá com Marília, Nena e Luizinho e quando fomos comprar a entrada, que é caríssima por sinal, a mulher do caixa disse muito simpática que sairia mais barato se um de nós virassemos internetional membership e comprasse a entrada pra 3 convidados do que comprar a entrada inteira dos 4. Aqui tem essa coisa incrível de os vendedores e caixas serem extremamente simpáticos e dizerem o que seria melhor pro cliente em termos de preço/custo benefício, e se não tem algo na loja deles eles dizem onde encontrar. Imagina se no Rio fazem isso? Aqui serviço é coisa séria, e cliente é sempre bem tratado!
Enfim... voltando ao Moma... Acabou que eles me colocaram como Membership e agora entro de graça lá!!! Meu cartão vale 1 ano!
Que acervo maravilhoso, que museu lindo! Melhor da arte está ali com certeza. E a lojinha é a mais linda, e cara, do mundo! Fiquei tão animada e apaixonada que poderia passar horas aqui falando de tudo. Voltarei lá muitas vezes e daí escrevo mais detalhadamente sobre o museu, as exposições e programações.

Saindo de lá fui andando encontrar Baratta e 2 amigos num restaurante Turco, incrível.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Chegou a chuva em NYC. E não é nada divertido. Tudo bem, quando estamos visitando algum lugar a gente sempre tira proveito de todas as mais peculiares e chatas situações, então passei o dia rindo de tudo.
Combinei novamente de encontrar Elisa e João na porta do Metropolitan. Nada melhor que se enfurnar num museu num dia de chuva. Saí de casa e chovia muito forte. Sem guarda-chuva, mas aqui as farmácias são coisas faraônicas que vendem de tudo tudo tudo e é uma tentação horrorosa pra quem tem uma queda por farmácias e quer comprar tudo que vê pela frente, e lá eles tem guarda-chuva, então adquiri um, e só, me segurei para não comprar mais nada. Segui com meu lindo vermelho guarda-chuva que não adiantava muito porque venta pra cacete e fui ficando encharcada do mesmo jeito. Andei umas 5 quadras, peguei o metro, subi uptown por milhões de minutos, saltei na estação mais próxima ao Met, andei na chuva me molhando mais um pouco, cheguei no museu e... nada de encontrar o casal. Dessa vez decidi esperar só um pouco, afinal nosso histórico de encontros não estava dos melhores. Entrei no museu e puta que pariu! Que lindo! Que grande! que incrível!!!! Mas a fome não me permitiu explorar como queria as arts of africa, oceania, and the americas, egyptian art, greek and roman arts, medieval arts, modern and contemporary ats, drawing and prints, european paintings, e por aí vai. Dei uma volta rápida de umas 2hs e quase desfaleci no meio do império romano. Como lá você paga o quanto quiser para entrar, paguei apenas 1 dollar e voltarei por mais 1 dollar outro dia muito bem alimentada. Quando eu tava quase desmaiando vi uma das coisas que mais esperava ver em nyc: Edward Hopper. Lágrimas nos olhos.
Saí do Met e fui andando até o metro. Paro no sinal da 77st com Madison av e vem andando em minha direção um homem do qual o rosto não me era desconhecido. Ops... David Duchovny! Detective Mulder passa por mim com jaqueta empermeável, mão no bolso, guarda-chuva, e sem nenhuma atitude suspeita, mas achei melhor olhar bem em volta para ver se não tinha nenhum ser estranho, alien ou algo que o valha por ali.
Cheguei encharcada na casa das minhas tias. Fui obrigada a secar minhas meias com secador de cabelo porque senão viraria um picolé. Tá frio. Tá molhado. E nyc faz poças como ninguém!
Devidamente seca, pelo menos o suficiente pra não virar congelar de frio, segui para ver Wicked. Musical nunca foi muito a minha praia, mas não desgosto não. Invariavelmente no meio do teatro eu me arrependo e começo a achar tudo um saco. Mas com Wicked foi diferente. Comecei achando chatinho, e de repente foi pega de surpresa assistindo mega atenta e vibrando com a história, que é maravilhosa e remete a infância. Sobre as bruxas do Mágico de Oz, a peça faz uma leitura totalmente diferente e mostra um novo ponto de vista da histórinha de Dorot e seu fiel cachorro Toto. Em Wicked a bruxa má é na verdade boa, e por um golpe de poder pintam ela de vilã, afinal ela já é feia, verde e extremamente talentosa na magia. A história começa com as bruxas jovens e amigas, antes dos acontecimentos do filme, e termina com a morte da Wicked Wich of the West. Chorei no final, confesso.
Depois fomos jantar num restaurante maravilhoso Balthazar, e nos esbaldamos nas mil comidinhas e vinhos.
Hoje não sei, to em casa de preguicinha com a chuva...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um dia no suburbio

Ontem tinha o Carnival no Brooklyn, combinei com a Elisa de nos encontrarmos na plataforma do metro aqui perto. Levei um bolo... esperei 40 minutos e nada. Resolvi então ir fazer outra coisa. Encontrei a Marília na brodway e de lá parti para encontrar Tulis em Astória, suburbio nova iorquino. Peguei um metro e demorei facilmente uns 35minutos pra chegar. Astória é um suburbio bonitinho, mas bem cara de suburbio, com aquelas casas típicas de suburbio de nyc com escada na frente e janela arredondada. Almoçamos num restaurante bacana regado a vinho, depois cerveja no bar dos Croatas (tem muito croata por lá, aliás tem muito imigrante por lá e por toda ny), e depois um outro bar. Tulis puxou ao pai na arte de beber e de embebedar os coleguinhas, e eu, assim como meu pai, deixo eles me embebedarem muito feliz. rs Dia pacato mas muito divertido.
Hoje chove... tá friozinho... e a noite verei Wicked!

domingo, 4 de setembro de 2011

Aventuras no Brooklyn

Acordei hoje com uma pequena ressaca depois de uma noite de vinho, conversa e volta de moto pela cidade. O plano do dia era atravessar a ponte do Brooklyn. Fomos andando até lá, e no caminho passamos pelo Gound Zero. Sensação bem estranha. Um misto de tristeza e aflição. Continuamos andando, e andando, e andando, e andando, atravessamos a ponte. Linda. Almoçamos e eu Elisa e João decidimos continuar nossa incursão pelo Brooklyn enquanto os véios exaustos voltavam pra casa.
Fomos passear no Prospect Park. Um lindo parque, enoooorme, e muito mais vazio que o Central Park. Caminhamos o parque inteiro e seguimos o som de um batuque que ouvimos ao longe. Achamos o batuque, uma galera tocando percursão e umas meninas dançando, nos identificamos no ato e paramos lá. Dançamos e fizemos amigos. - Vamos voltar? Olha o mapa, acha o metro mais perto. - No final dessa rua. E seguimos a rua, e de repente nos vimos num pedaço escuro com uns caras yo man super discutindo mother fucker, e - Opa! a parada ficou esquisita! Apertamos o passo, ufa! Local movimentado. Percebemos que éramos os únicos brancos perambulando por aquelas e ruas. Achamos o metro e pegamos para retornar a Manhatan. O cara sentado na nossa frente levantou e o casal ao meu lado chamou ele pra avisar que ele estava esquecendo a bolsa. - No, that's not mine. Eu Elisa e João nos entreolhamos. Silêncio. - Ai gente, to com medo de ter uma bomba nessa bolsa. - É to achando essa parada meio estranha. - Vamos mudar de vagão. E mudamos de vagão. Então João vira e fala: - Cara, se tiver uma bomba naquela bolsa vai explodir quando entramos em baixo d'água, se a gente tá com medo não é melhor trocar de trem logo? - Ai, João, agora vamos ter que trocar de trem. E lá fomos nós contaminados pela paranóia americana trocar de trem. Chegamos todos, nós e o trem anterior, inteiros em seus destinos. Risos e mais risos.
Agora a noite mais jazz! Amanhã Carnival caribenho no Brooklyn com a galera do batuque de hoje.

sábado, 3 de setembro de 2011

the wedding!

Passei o dia inteiro andando, pensei novamente que não iria aguentar a noite animada que me esperava. Nos arrumamos todos, mulheres de maquiagem salto vestido chique, homens de terno, e seguimos para Tribeca rooftop. Me prometi que não choraria. Mas quando ela entrou... As lágrimas se soltaram sozinhas, sem esforço algum. Somewhere over the rainbow... Juju estava a noiva mais linda do mundo. E eu, amiga prima coruja, me debulhei em lágrimas. Cerimônia em 3 linguas, eu não entendi nem 1/3 do que foi dito porque estava sentada no fundo e não ouvia porra nenhuma que ninguém falava.
João, eu, Elisa e João
Acabou a cerimônia, fomos pro outro lado do roof top para o coquetel. Gim and tonic please! One more please! Jantar. Noivos dançando lindamente. Discurso dos padrinhos. Discurso das madrinhas. Gim and tonic please! Pista de dança. Dança. Dança. Dança. Sorrisos. Amigos antigos. Família. Dança. Salto dança e gim and tonic não combinam muito, mas consegui me manter em pé até quase o fim da festa, mas tive que me render a havaiana num dado momento.
3h fomos expulsos, a festa acabou. - E ai, o que vamos fazer? - Baratta me falou de uma festa numa Barber Shop. - Barber shop????
E lá fomos nós os remanescentes em 2 taxis para a tal festa num lugar um tanto quanto peculiar: uma barber shop (sim, barbeiro!!!) Entramos lá, passamos pela parte barber shop, que de dia funciona normalmente cortando cabelos e barbas de rapazes, e no fundo abre uma porta e tem um belíssimo bar/boate. No taxi eu recoloquei o salto porque achei que deveria manter a pose na barber shop, e então um querido amigo teve a brilhante idéia de guardar minhas havaianas no galho de uma árvore. Entramos, dançamos, bebemos por exatos 30minutos. As 4am acenderam-se as luzes e nos expulsaram. Saí de lá e pra minha surpresa minhas havaianas continuavam na árvore. Peguei e recoloquei-as.
Por incrível que pareça nada em NYC fica aberto depois de 4am, então enjuriados e sem poder beber na rua voltamos todos para casa.
Dormi exatas 3h e fui para o brunch, onde todos se encontravam pela metade, a outra metade havia se perdido em algum lugar na noite anterior. E agora eu sou um zumbi humano, mas como só se tem 28 anos em nyc 1 vez na vida vou tomar um banho, recolocar a make e ir para um jazz com os amigos!

E em 1 dia eu me apaixonei por NYC!
Segundo dia de viagem fui com Elisa e João caminhar pelo Hudson River, e acabamos andando até o High Line, e atravessamos ele inteiro. High Line é uma antiga linha de trem que foi desativada há muitos anos e então construíram um parque em cima. É lindíssimo! E enoooorme....
A noite fui com eles no Blue Note. Estava caindo de sono e pensei que ia apagar na mesa e pagar um micão jazzistico. Mas quando a primeira banda entrou perdi completamente o sono. Alfredo Rodrígues Trio, um trio cubano do pianísta mega jovem e surreal de bom. Em seguida McCoy Tyner Trio w/ Gary Bartz, mais acordada ainda! Noite de jazz perfeita, iria todo o dia lá e seria muito feliz. Entrei na noite novaiorquina com o pé direito!

Ontem foi o dia do casamento. E dia de mudança! Arrumei tudo e me mudei para a casa do Baratta em Tribeca, num prédio super chic. Apartamento tipo studio, mas grande e mega charmoso. Depois de abandonar as coisas em casa fui caminhar e encontrar o João que estava relativamente perto. Andei feliz e sem mapa! Claro que consultei o google maps antes (Oh my google!), mas só uma consulta rápida e pronto. Saí me sentindo totalmente local! Encontrei ele e andamos pelo Soho. Caminhamos caminhamos caminhamos. E caminhando fui para o apartamento da family me emperequetar para o casório.

Casamento no roof top com uma vista surreal! Tipicamente americano, o casamento foi um espetáculo a parte que acho que merece um post próprio incluíndo a balada surreal que fomos em seguida e o brunch para o qual estou atrasadíssima! hahahahahhahah